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Wesley no Catar: Adaptação no Al-Rayyan, Elogios a Guedes e a Torcida Pelo Inter

Por Redação FutInter em 16/11/2025 14:31

Longe dos gramados brasileiros, o atacante Wesley, ex-Internacional, encontra-se imerso em uma nova realidade no Catar, defendendo as cores do Al-Rayyan. A mudança, motivada por um desejo de vivenciar uma cultura distinta e buscar novos desafios profissionais, parece ter sido acolhida com entusiasmo pelo jogador. Sua chegada ao clube catari, que já ultrapassa a marca dos dois meses, tem sido marcada por uma fase de intensa adaptação, facilitada pela presença de figuras conhecidas e pelo suporte da nova equipe técnica.

A vida no Oriente Médio, conforme o próprio atleta relata, oferece um ritmo distinto. Os treinamentos, predominantemente noturnos, concedem-lhe a oportunidade de desfrutar de mais tempo em família e explorar as particularidades do país. Apesar dos desafios linguísticos ? o árabe ainda é uma barreira e o inglês está em aprimoramento, exigindo o auxílio de ferramentas como o Google Tradutor em situações cotidianas ? Wesley demonstra satisfação com a experiência cultural. Passeios pelo deserto, parques aquáticos e shoppings já fazem parte de sua rotina, consolidando a imersão em um ambiente "bem diferente da nossa", como ele descreve:

? Fiz alguns passeios, conheci o deserto, um parque aquático e o shopping. Estou buscando me adaptar o mais rápido possível por ser uma cultura bem diferente da nossa, mas estamos adorando viver no Catar ? contou em entrevista ao ge.

O processo de adaptação foi significativamente atenuado pela recepção calorosa no Al-Rayyan. A presença do técnico português Artur Jorge, bem como dos compatriotas Gregore e Róger Guedes, tem sido fundamental para a integração do atacante. Esse suporte se traduz em um ambiente onde a comunicação é auxiliada por um tradutor, e o entrosamento em campo já começa a render frutos, evidenciado pelo seu primeiro gol em uma goleada recente, um marco importante para qualquer atleta em um novo clube.

Wesley no Catar: O Novo Capítulo e a Adaptação Cultural

A transição do Beira-Rio para o Catar desenrolou-se com surpreendente celeridade. Após receber sondagens de equipes como o Krasnodar (Rússia), América do México e Tigres, a proposta do Al-Rayyan se destacou, alinhando-se ao seu plano de carreira de atuar fora do Brasil. A negociação, que consumiu apenas duas semanas, foi tão ágil que Wesley não teve a oportunidade de se despedir de seus ex-companheiros do Internacional da forma que desejava, um lamento que ainda ecoa em suas palavras:

Tinha combinado de me despedir dos companheiros de Inter em um domingo, mas teve a mudança nos planos e viajei naquele dia.

No novo clube, o sentimento é de bem-estar. A familiaridade com alguns colegas, como Róger Guedes e Gabriel, com quem já havia cruzado em gramados brasileiros, e a amizade com Gregore, ex-Botafogo, contribuem para um ambiente acolhedor. Essa convivência facilita a integração, um ponto crucial para qualquer jogador em um novo país e equipe.

A parceria no ataque com Róger Guedes é um capítulo à parte. Wesley expressa admiração pelo empenho do colega nos treinos, buscando absorver ao máximo seus conhecimentos, especialmente no que tange à finalização e posicionamento. A experiência de Guedes, notória por sua passagem no Corinthians, serve de inspiração para o atacante, que almeja aprimorar sua capacidade de balançar as redes:

É um cara que no dia a dia ali treina bastante. Tento me aproximar ao máximo para poder melhorar a finalização. Finaliza muito bem dentro da área. Você já viu no Brasil o que ele fez no Corinthians. Busco pegar o posicionamento, como bater na bola e fazer uns golzinhos também.

A Transição Relâmpago: Da Despedida ao Entrosamento no Al-Rayyan

A comunicação com o restante do elenco, composto por jogadores que falam predominantemente árabe, é um ponto de atenção. A equipe conta com um tradutor brasileiro, fluente em inglês e árabe, que atua como ponte linguística. Além disso, Wesley tem investido em aulas particulares de inglês, buscando maior autonomia. Suas incursões no árabe se limitam a expressões básicas de cortesia, como "shukran" (obrigado) e "habib" (querido), demonstrando a complexidade de um novo idioma, mas também a receptividade do grupo.

A dinâmica de trabalho com o técnico Artur Jorge é descrita de forma peculiar. O treinador português, conhecido por sua energia, transita entre o bom humor e a seriedade, exigindo empenho nos treinamentos. Wesley o define, com um toque de humor, como "um cara meio que, como posso dizer... um cara bipolar". As instruções são passadas em inglês, e a compreensão é auxiliada pelo tradutor quando necessário. Há, inclusive, espaço para brincadeiras, como as provocações do técnico sobre os confrontos entre Botafogo e Internacional no Brasileirão de 2024, onde Artur Jorge se vangloria de não ter perdido para o ex-clube de Wesley :

Neste início tem dia que chega para brincar e tal, mas se acontece algo no treino ele vem e dá no meio. Já muda ali. É um cara meio que, como posso dizer... um cara bipolar. É muito empenhado. Passa as instruções em inglês e vou me virando, pegando o que ele quer. Quando não entendo, chamo o tradutor e seguimos. Ainda tirou uma comigo sobre os jogos do Brasileirão de 2024 que perdemos para ele no Botafogo. Me deu uma zoada ao dizer que não perdeu para mim.

Apesar da distância e da nova rotina, a ligação com o Internacional permanece forte. Wesley acompanha os jogos e manifesta sua torcida pela pronta recuperação do time no Campeonato Brasileiro. Ele reconhece a "qualidade do grupo", citando o título do Gauchão como prova do potencial da equipe, e expressa a esperança de que o Colorado consiga "dar um gás e beliscar pelo menos uma Sul-Americana".

Diálogo e Liderança: O Cotidiano com Artur Jorge e a Torcida Colorada

Questionado sobre a queda de rendimento individual no Inter antes de sua saída, Wesley apresenta uma análise interessante. Ele descarta uma diminuição em seu volume de jogo, afirmando que seus "volumes de finalização, dribles e chegadas à área eram todos parecidos" em relação ao ano anterior. A explicação, em sua perspectiva, reside na "mais defesas dos goleiros e um pouco de erros nas minhas finalizações". Ele conclui, com um toque de ironia, que "os goleiros estavam mais iluminados do que eu", sugerindo que, por vezes, o sucesso ou insucesso é uma questão de detalhes e circunstâncias, e não necessariamente de menor dedicação ou capacidade.

A jornada de Wesley no Catar é, portanto, um reflexo de uma busca por evolução e novas perspectivas, mantendo, no entanto, as raízes fincadas no futebol brasileiro e, em especial, no Internacional . Seu relato oferece um vislumbre de um atleta em plena fase de adaptação, lidando com os desafios de uma nova cultura e idioma, ao mesmo tempo em que projeta um futuro promissor tanto para si quanto para o clube que o acolheu.

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Comentado em 16/11/2025 18:50 Confiamos no Wesley, ele vai respirar o Brasileirão
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Comentado em 16/11/2025 16:41 Wesley chegou com tudo, vamos Inter!
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