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Rafael Sobis: A "Inveja" do Flamengo e o Desafio do Inter no Cenário Nacional
Por Redação FutInter em 18/12/2025 06:22
As recentes declarações de Rafael Sobis, ídolo com passagens marcantes por Internacional e Cruzeiro, reverberaram como um alerta contundente no cenário do futebol nacional. Após a decisão da Copa Intercontinental, onde o Flamengo enfrentou o PSG, o ex-atleta expressou em vídeo uma análise perspicaz sobre a realidade do clube carioca e o sentimento que ele provoca nos adversários.
Sobis abordou a relutância em reconhecer a excelência do Flamengo, um clube que, segundo ele, colhe frutos de um trabalho bem-feito. Sua fala ressalta a dificuldade de outros times em aceitar essa hegemonia:
"Imagina a gente ter que admitir que o time do Flamengo é muito bom. Imagina a gente ter que admitir que tudo que o Flamengo está colhendo, ele plantou e ele merece. Imagina, a gente tem que admitir que o nosso time está anos-luz atrás do Flamengo". Essa constatação, vinda de um nome com seu histórico, ecoa como um diagnóstico severo para a competitividade brasileira.
A perspectiva de Sobis ganha ainda mais peso ao lembrarmos de sua própria trajetória. Campeão da Libertadores com o Internacional em 2010, ele participou do Mundial de Clubes naquele ano, mas viu o sonho de enfrentar um gigante europeu ser interrompido pelo Mazembe. Essa experiência oferece um pano de fundo para a sua compreensão da magnitude de um confronto como o de Flamengo e PSG, e a valorização que ele atribui ao desempenho do time de Filipe Luís.
A Inveja Escondida e a Realidade Rubro-Negra
O ex-jogador não hesitou em classificar o sentimento de outros clubes em relação ao Flamengo como ?inveja?. Para Sobis, o embate contra um dos times mais encantadores do mundo serviu para escancarar a disparidade existente no futebol brasileiro. Ele aponta para uma defasagem que vai além do campo, atingindo organização e estrutura:
"É, meu caro, o Flamengo hoje mostrou, escancarou para nós o quanto vai ser difícil competir com eles. O Flamengo ficou muito próximo de cravar a bandeira do Flamengo como campeão do mundo, contra um dos times que mais encanta no mundo. É, meu caro, a gente tem inveja e, quando a gente olha para o nosso umbigo, a gente vê que a coisa está feia para os nossos clubes, seja em organização, estrutura, ou simplesmente porque existe um Flamengo que está nadando de braçada".
Apesar de não nutrir torcida pelo Flamengo, Sobis projeta um futuro de contínuas conquistas para o clube carioca, um cenário que, em sua visão, intensificará o sofrimento e a inveja dos rivais. Suas palavras, carregadas de uma franqueza brutal, refletem uma resignação diante de uma realidade que se impõe.
Ele conclui sua reflexão com um lamento que sintetiza a dor de um ex-atleta e observador do esporte, diante de uma hegemonia incontestável:
"Para doer mais ainda o nosso coração, o Flamengo vai seguir ganhando. A gente vai ficar, a gente vai seguir sofrendo, a gente vai seguir sofrendo e a gente vai seguir com inveja. E a pior coisa que tem, o pior sentimento que tem, é a gente rir de algo que a gente não consegue fazer e a gente tem inveja. O Flamengo vai seguir forte. Que droga. Eu não sou flamenguista, mas como um ex-jogador, essa é a verdade". Uma verdade que, para os torcedores de clubes como o Internacional, soa como um desafio imponente.
O Confronto Intercontinental: Detalhes da Batalha
A partida que motivou as declarações de Sobis foi um embate de alto nível. O Flamengo iniciou o confronto de forma irregular, mas demonstrou notável capacidade de recuperação, especialmente na etapa final. O grande destaque individual foi o goleiro Safonov, do PSG, que se tornou o herói da decisão ao defender quatro cobranças na disputa de pênaltis.
No tempo regulamentar, a abertura do placar coube a Kvaratskhelia, do PSG, aos 37 minutos do primeiro tempo, após uma falha do goleiro Rossi em um cruzamento de Doué. Na segunda etapa, a igualdade foi restabelecida por Jorginho, que com sua habitual frieza, converteu um pênalti assinalado após falta de Marquinhos em Arrascaeta, aos 16 minutos.
O destino do título foi selado nas penalidades máximas, onde a equipe parisiense se impôs. Vitinha e Nuno Mendes foram os responsáveis por converter as cobranças para o PSG, garantindo a vitória por 2 a 1 nos pênaltis e um inédito título intercontinental para o clube francês.
O Desfecho e as Lições para o Futebol Brasileiro
A disputa de pênaltis, que culminou na vitória do PSG, pode ser resumida na seguinte tabela:
| Equipe | Converteu | Não Converteu | Resultado Final (Pênaltis) |
|---|---|---|---|
| PSG | Vitinha, Nuno Mendes | - | 2 |
| Flamengo | - | (4 defesas de Safonov) | 1 |
A vitória do PSG por 2 a 1 nas penalidades, consagrando-o campeão intercontinental, não apenas encerra um capítulo de intensa disputa, mas também reforça a análise de Rafael Sobis. A proximidade do Flamengo em conquistar um título de tamanha envergadura, mesmo diante de um adversário europeu de elite, sublinha a tese de que o clube carioca opera em um patamar distinto no cenário sul-americano, forçando os demais a uma autoavaliação rigorosa e, para muitos, dolorosa.
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