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Multa Milionária: Conmebol Puna Inter por Atraso em Jogo Decisivo da Libertadores
Por Redação FutInter em 22/09/2025 20:31
O Sport Club Internacional foi notificado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) sobre uma sanção pecuniária significativa. A entidade impôs uma multa de 30 mil dólares, valor que se aproxima de 160 mil reais na cotação atual, como resultado direto dos incidentes que provocaram um atraso de 21 minutos no confronto válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Flamengo.
O motivo central para tal penalidade reside na profusão de papel picado lançada pela torcida colorada, que, ao cobrir o gramado do estádio Beira-Rio, impediu o início pontual da partida. Este episódio não apenas comprometeu o andamento do espetáculo, mas também expôs o clube a rigorosas interpretações do Código Disciplinar da Conmebol.
As Razões e o Custo da Penalidade Conmebol
A punição ao Internacional foi fundamentada em dois artigos específicos do regulamento da confederação. O artigo 11.2, que aborda o atraso no começo de jogos, gerou uma multa de US$ 20 mil. Adicionalmente, o artigo 12.2, que proíbe o uso de sinalizadores e artefatos pirotécnicos ? e que, neste caso, foi aplicado com base no artigo 27, relativo à reincidência em infrações similares ?, resultou em uma cobrança adicional de US$ 10 mil.
A seguir, o detalhamento das infrações e seus respectivos valores, conforme a Conmebol:
| Artigo Violado | Descrição da Infração | Valor da Multa (US$) | Valor da Multa (R$ - aprox.) |
|---|---|---|---|
| Art. 11.2 | Atraso no início da partida | 20.000 | 106.700 |
| Art. 12.2 (com base no Art. 27) | Uso de sinalizadores e objetos pirotécnicos (reincidência) | 10.000 | 53.300 |
| TOTAL | 30.000 | 160.000 |
É imperativo notar que o valor total da penalidade será automaticamente subtraído dos montantes que o Internacional tem a receber de premiações, seja por direitos de transmissão televisiva ou por acordos de patrocínio, impactando diretamente o fluxo financeiro do clube.
O Espetáculo Interrompido: A "Chuva de Prata" no Beira-Rio
A cena que desencadeou a punição ocorreu momentos após a entrada das equipes em campo. Uma vasta quantidade de papel picado, lançada das arquibancadas superiores, precipitou-se sobre o gramado do Beira-Rio, cobrindo-o de tal forma que tornou o campo impraticável para o início imediato da disputa.
Diante do cenário, o árbitro uruguaio Esteban Ostojich convocou os jogadores para uma reunião no centro do campo, onde proferiu a decisão de adiar o começo do jogo. O volume de papéis era tão denso que a própria bola, com seus fragmentos aderidos, apresentava um aspecto prateado.
Alguns atletas optaram por retornar aos vestiários, enquanto outros se engajaram na tentativa de auxiliar na remoção dos detritos. Somente após 21 minutos de paralisação, e com o gramado minimamente desobstruído, a bola pôde, finalmente, rolar.
A Resposta do Clube: Entre o Planejamento e a Demissão
No dia seguinte ao episódio, o Sport Club Internacional divulgou uma nota oficial, esclarecendo que a ação envolvendo o lançamento de papel picado era, de fato, um evento planejado. Contudo, a comunicação do clube admitia uma "falha na execução" da iniciativa.
Como desdobramento direto dessa falha operacional, o Internacional anunciou a demissão de dois funcionários. A medida, embora interna, reflete a seriedade com que o clube encarou a repercussão e as consequências da interrupção do jogo e da subsequente multa da Conmebol.
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