Mauro Cezar: Celebração do Inter por Evitar Queda é Inaceitável

O comentarista esportivo Mauro Cezar Pereira, em sua participação no programa Posse de Bola do Canal UOL, emitiu uma avaliação contundente sobre as recentes manifestações de alegria do Internacional. Para ele, a celebração da manutenção na elite do futebol brasileiro por parte do clube gaúcho foi, no mínimo, vexatória.

Tal postura, segundo o colunista, é absolutamente desproporcional para uma equipe que iniciou a temporada com aspirações muito mais elevadas, sendo inclusive apontada como uma das potenciais candidatas ao título nacional.

A Inadequada Celebração Pós-Temporada

A análise crítica de Pereira não se restringiu apenas à festa da permanência. Ele também direcionou seu olhar afiado para a exaltação, que considerou exagerada, em torno do técnico Abel Braga. O treinador, que retornou ao comando do Internacional nas rodadas finais com a missão de evitar o descenso, foi alvo de um fervoroso clamor popular, chegando a ter seu nome associado a pedidos de estátua após a vitória por 3 a 1 sobre o RB Bragantino, no Beira-Rio, rememorando seu histórico de campeão mundial com o clube em 2006.

Mauro Cezar não poupou palavras ao descrever a situação:

Sobre o Internacional, acho ridículo que ainda festeja o Inter por ter escapado de um rebaixamento. Começou o ano como um dos candidatos a título, né? E a exaltação ao Abel Braga. Nossa, o Abel Braga pegou dois jogos, perdeu um e só o outro ganhou da faca de bolo Pullman com o frango do goleiro Cleiton, que é um goleiro muito irregular, e contando com o resultado de outros times. O Inter não fez nada demais também, quer dizer, é uma necessidade de transformar alguns caras em heróis que eu vou te contar. O Inter foi uma coisa ridícula nessa temporada.

A Controvérsia em Torno de Abel Braga e a Gestão

Além das questões de desempenho e da percepção pública, o jornalista levantou um ponto crucial sobre a gestão financeira do clube. Ele salientou que o Internacional , ao mesmo tempo em que celebra um feito considerado mínimo para sua grandeza, possui um histórico de não honrar os compromissos financeiros com jogadores que contrata. Mauro Cezar contrasta essa situação com a de outras agremiações que, mesmo diante de um possível rebaixamento, mantêm a integridade de seus pagamentos.

Em sua crítica, o colunista reforçou a preocupação com a postura administrativa colorada:

Aliás, é um clube que não paga jogador que contrata, né? Enquanto outros, de repente, são rebaixados pagando aquilo que assumem como compromisso.