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Internacional no Maracanã: Gols Históricos, Recordes e Vitórias Memoráveis
Por Redação FutInter em 16/06/2025 05:21
Neste momento em que o Estádio Jornalista Mário Filho, o célebre Maracanã, celebra seus 75 anos de existência, é imperativo revisitar a tapeçaria de eventos que o consolidaram como um dos mais lendários palcos do futebol global. Embora seu título de "maior do mundo" em capacidade tenha sido superado, sua aura persiste, imortalizada por momentos decisivos como as finais da Copa do Mundo de 1950, o fatídico "Maracanazo", e a consagração alemã em 2014. No entanto, para além dos marcos internacionais, o Colosso do Rio de Janeiro também serviu de cenário para capítulos cruciais na história do Sport Club Internacional, onde a equipe gaúcha gravou sua marca com vitórias memoráveis, performances de gala e recordes que ecoam até os dias atuais.
Goleadas e Recordes: A Era Recente do Inter no Maracanã
Em 8 de agosto de 2021, o Internacional desembarcou no Maracanã sob um manto de incertezas. A equipe vinha de um período de resultados insatisfatórios ? dois empates, uma derrota e a recente eliminação da Conmebol Libertadores para o Olímpia. Do outro lado, o Flamengo de Renato Gaúcho ostentava uma sequência avassaladora de sete vitórias consecutivas, com 25 gols assinalados e apenas três sofridos. A expectativa geral apontava para um confronto árduo para os visitantes. Contudo, o que se desenrolou foi uma performance magistral e um triunfo incontestável por 4 a 0, orquestrado por um espetáculo individual de Yuri Alberto, autor de um memorável hat-trick, e complementado por um gol de Taison. Uma exibição que redefiniu as expectativas e demonstrou a capacidade de superação do Colorado.
Em 15 de agosto de 2013, o Maracanã foi palco de um embate frenético entre Botafogo e Internacional , um jogo marcado por inúmeras chances e atuações de destaque. A partida testemunhou o brilho de Vitinho e, notavelmente, de Ignacio Scocco. O atacante argentino, em sua estreia pelo clube gaúcho, protagonizou um feito extraordinário ao balançar as redes duas vezes em meros 49 segundos, um feito que lhe garantiu um lugar no Guinness World Records como o atleta a marcar dois gols em menor intervalo de tempo. Enquanto Seedorf contribuiu para o placar carioca, Fabrício, nos instantes derradeiros, assegurou o empate em 3 a 3 para o Internacional , um resultado que, paradoxalmente, alçou o Botafogo à liderança do certame. A tensão do confronto foi tão palpável que até mesmo a irritação do então técnico Dunga com os gandulas se tornou um detalhe memorável.
O ano de 2006, já em si mágico para o Internacional , foi agraciado com mais um capítulo de heroísmo no Maracanã, cortesia do lendário Fernandão. Em 2 de setembro daquele ano, o "Eterno Capitão" foi o arquiteto da vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, convertendo com maestria duas penalidades máximas. Este triunfo não apenas consolidou a posição do Colorado na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, apenas dois pontos atrás do São Paulo, mas também aprofundou o delicado momento do Rubro-Negro carioca, que se via perigosamente próximo à zona de rebaixamento. Um confronto que ilustra a capacidade do Inter de capitalizar em momentos cruciais.

Duelos Memoráveis dos Anos 90: Supremacia Colorada
Em 24 de setembro de 1998, o Internacional enfrentou um Flamengo constelado, que contava com nomes de peso como Ricardo Rocha, Marcos Assunção, Beto, Rodrigo Fabri e o inigualável Romário. Apesar de Iranildo ter inaugurado o marcador para os donos da casa, Betinho rapidamente restabeleceu a igualdade. A virada colorada foi orquestrada por Christian, que finalizou um cruzamento primoroso de Marcelo, que, em jogada de rara beleza, aplicou uma "caneta" em Marcos Assunção. O próprio Christian, com a frieza de um exímio goleador, selou o placar de 3 a 1 ao converter uma cobrança de pênalti, garantindo mais um triunfo gaúcho no Templo do Futebol.
No ano de 1997, em um período em que o Internacional liderava o Campeonato Brasileiro, a equipe viajou ao Maracanã para enfrentar o Botafogo. O confronto resultou em uma vitória sólida por 2 a 0, com ambos os tentos anotados por Arilson. O meio-campista demonstrou perspicácia ao aproveitar um corte imperfeito da defesa adversária, quando Christian tentava penetrar na área. Seu segundo gol, um ato de puro oportunismo, surgiu de um desvio inteligente após uma cobrança de escanteio, selando a performance dominante do Colorado.
Em 27 de outubro de 1996, o Maracanã fervilhava com a expectativa da estreia da badalada dupla ofensiva do Flamengo, Bebeto e Romário, os mesmos artífices do tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira dois anos antes. Apesar de Bebeto ter assistido Nélio para o gol inicial e Romário ter deixado o campo lesionado, substituído por Aloísio, o protagonista da noite seria Fabiano. O ponta colorado não apenas empatou o embate com uma cobrança de falta precisa, mas também garantiu a virada ao receber um passe de Luiz Gustavo e balançar as redes de Zé Carlos, silenciando o Maracanã e ofuscando as estrelas rubro-negras.
A Gênese da Glória e o Tricampeonato: Os Anos de Ouro
Em 23 de novembro de 1986, o Internacional se impôs diante de um Vasco da Gama robusto, que contava com talentos como Romário, Geovani, Mazinho e o futuro ídolo do futebol espanhol, Donato. Apesar da qualidade do adversário, o time gaúcho demonstrou sua pujança, construindo uma vantagem confortável de 3 a 0, com gols de Luis Fernando Rosa Flores, que marcou duas vezes, e Tita. Embora Geovani e o jovem Romário tenham conseguido descontar, a reação cruzmaltina não foi suficiente para deter o triunfo colorado, que garantiu uma vitória por 3 a 2, reafirmando sua capacidade de superação em território hostil.
Pouco após a conquista de seu primeiro título nacional, o Internacional retornou ao Maracanã, em 17 de dezembro de 1975, para um amistoso de gala contra a Seleção do Campeonato Brasileiro, um esquadrão que reunia lendas como Marinho Chagas, Ademir da Guia, Zico e Roberto Dinamite. O confronto, um verdadeiro festival de futebol, terminou em um empate por 2 a 2, com Flávio Minuano e Valdomiro sendo os responsáveis por balançar as redes para a equipe gaúcha, em uma celebração da arte do futebol brasileiro.
A gênese da hegemonia colorada no cenário nacional, em 7 de dezembro de 1975, encontrou no Maracanã um de seus alicerces. Na fase semifinal, o Internacional enfrentou o temível "Máquina Tricolor" do Fluminense, uma equipe recheada de talentos como Félix, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rivellino, e sob a batuta do mestre Didi. Contudo, a força do Colorado prevaleceu. Com uma vitória categórica por 2 a 0, com gols de Lula, após assistência cirúrgica de Falcão, e uma verdadeira obra de arte de Carpegiani, o Internacional garantiu sua vaga na decisão, onde viria a conquistar seu primeiro Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro, consolidando-se como uma potência.
Considerado por muitos o embate de maior relevância do Internacional no Maracanã, o jogo de ida da decisão do Campeonato Brasileiro de 1979, em 20 de dezembro, colocou o Colorado frente a frente com o Vasco. Atuando sem duas de suas maiores estrelas, Falcão e Valdomiro, a equipe gaúcha viu a ascensão de Chico Spina. O substituto do ponta não apenas assumiu a responsabilidade, mas decidiu a partida ao anotar ambos os gols do triunfo por 2 a 0, pavimentando o caminho para o histórico tricampeonato invicto do Internacional . Um testemunho da profundidade e resiliência daquele elenco lendário.
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