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Ascensão do Internacional: Uma Análise da Campanha de Roger Machado
Por Redação FutInter em 23/11/2024 14:14
A trajetória vitoriosa do Internacional
A equipe gaúcha, sob a liderança do técnico Roger Machado, protagonizou uma reviravolta impressionante no Campeonato Brasileiro de 2024. Após um primeiro turno marcado por incertezas e ameaças de rebaixamento, o time colorad conseguiu uma recuperação espetacular no segundo turno, alcançando dez vitórias e garantindo uma vaga na Libertadores 2025.
Ao término da 34ª rodada, o Internacional ocupava a quinta posição na classificação geral, igualado em pontos com o Flamengo, porém com uma vitória a menos. Essa posição garante ao clube gaúcho uma entrada direta na fase de grupos da principal competição continental, eliminando a necessidade de disputar as fases preliminares, um fator crucial para o planejamento da próxima temporada.
A conquista dessa vaga representa um triunfo significativo, considerando a situação delicada em que se encontrava o clube no início do campeonato. A transformação alcançada é um testemunho da competência de Roger Machado e do comprometimento de seus jogadores.
Estilo de jogo e destaques individuais
O estilo de jogo implementado por Roger Machado se caracteriza pelo controle da posse de bola e protagonismo em campo, independentemente de atuar em casa ou como visitante. Essa estratégia de jogo ofensivo rendeu resultados positivos, inclusive em jogos fora de casa, como a vitória sobre o Vasco da Gama.
O meio-campo se destaca como um ponto forte da equipe, com o maestro Alan Patrick comandando as ações e distribuindo o jogo. Outro destaque individual é o lateral argentino Bernabéi, que ressurgiu após ter sido pouco aproveitado na gestão anterior, sob o comando de Eduardo Coudet.
A qualidade do elenco, combinada com a estratégia bem definida do treinador, resultou em um futebol mais consistente e eficaz, capaz de superar adversários e conquistar resultados expressivos.
A chegada de Roger Machado e os desafios superados
A decisão de Roger Machado em assumir o comando do Internacional no meio da temporada foi corajosa, rompendo com sua própria regra de não aceitar trabalhos em andamento. Ele arriscou sua reputação e contrariou expectativas ao aceitar o desafio de treinar um clube com a rivalidade regional intensa com o Grêmio e o Juventude, clubes que ele já havia comandado.
A adaptação do time aos novos conceitos e estratégias de Roger Machado não foi imediata. Houve oscilações iniciais, mas as paralisações do campeonato devido às datas FIFA foram essenciais para o aprimoramento tático e a integração do grupo à filosofia do treinador. Mesmo os contratempos causados pelas enchentes que atingiram Porto Alegre no primeiro semestre foram superados com sucesso.
A capacidade de Roger em lidar com os imprevistos, adaptando-se às adversidades, demonstra sua experiência e competência na gestão de uma equipe profissional de futebol.
A base e a formação do elenco
As categorias de base do Internacional desempenharam um papel fundamental na superação das dificuldades. Com jogadores como o goleiro Rochet e os atacantes Enner Valencia e Borré convocados para suas seleções, e outros titulares lesionados ou suspensos, a equipe precisou recorrer à base para suprir as lacunas. O meio-campista Gabriel Carvalho, por exemplo, se destacou após ser promovido das categorias inferiores.
A capacidade de Roger em identificar e promover talentos da base demonstra sua visão estratégica e o compromisso com a formação de jogadores. Essa abordagem contribuiu para a construção de um elenco mais forte e versátil.
A solução criativa para os problemas de escalação, combinada com o estilo de jogo consistente, comprovou a assertividade da contratação de Roger Machado.
Análise da campanha e perspectivas futuras
A minha análise pessoal aponta para a acertada contratação de Roger Machado. Admiro sua postura arrojada, buscando o equilíbrio e valorizando a qualidade do jogo, mesmo em momentos adversos. A orientação aos jogadores para manterem o plano tático, mesmo após sofrerem gols, demonstra sua visão estratégica e capacidade de liderança.
Acredito que, se Roger tivesse assumido o comando do Internacional no início da temporada, as oscilações do primeiro turno teriam sido evitadas. Embora não seja adepto da cultura resultadista, a permanência de Eduardo Coudet não se mostrou benéfica, uma vez que a equipe apresentava desempenho sistematicamente abaixo do esperado.
O foco agora é consolidar o padrão de jogo e, em 2025, disputar as primeiras posições no Campeonato Brasileiro. Com a continuidade do trabalho, a expectativa é de uma campanha mais consistente e o retorno do Internacional ao protagonismo nas competições que disputar.
Preparação para a Libertadores e o futuro
A base construída por Roger Machado é sólida e promissora para a Libertadores. No entanto, alguns reforços pontuais seriam benéficos, como um goleiro reserva de nível equivalente ao de Rochet e um substituto à altura de Alan Patrick para os momentos em que este não estiver disponível.
A equipe está em um bom caminho, mas a busca por reforços estratégicos pode garantir um desempenho ainda mais competitivo na próxima temporada.
O futebol brasileiro pode se inspirar na nova geração de treinadores, e Roger Machado se destaca como um exemplo notável dessa nova safra.
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