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Inter x Fluminense: Copa do Brasil, Pressão e Rivalidade Histórica
Por Redação FutInter em 06/08/2025 08:11
A equipe do Internacional se prepara para um embate decisivo contra o Fluminense, buscando reverter o placar adverso de 2 a 1 sofrido na partida de ida da Copa do Brasil, realizada na semana anterior. Atuando em seus domínios, o Colorado não conseguiu converter suas oportunidades em gols, enquanto a formação carioca demonstrou maior eficácia, aproveitando com precisão as duas chances que se apresentaram.
A situação do comandante técnico, Roger Machado, encontra-se sob intenso escrutínio. Após duas derrotas consecutivas em casa, ambas pelo mesmo placar de 2 a 1, especula-se amplamente que uma possível eliminação no meio de semana possa selar o fim de sua atual passagem à frente do clube gaúcho. O momento exige não apenas um resultado, mas uma demonstração de capacidade de superação e adaptação tática.
A expectativa é que Roger Machado retorne à formação 4-2-3-1, privilegiando a cobertura defensiva dos laterais adversários por Wesley e Carbonero. No último domingo, o treinador havia optado por uma estrutura com três zagueiros e cinco meio-campistas, com Borré e Valencia formando a dupla de ataque. A alteração tática visa conferir maior solidez defensiva e explorar a transição ofensiva de forma mais eficiente.
O Legado de Confrontos Emblemáticos
Internacional e Fluminense, dois gigantes do futebol nacional, construíram ao longo dos anos uma rivalidade marcada por confrontos memoráveis e finais que ecoam na memória dos torcedores. É fundamental revisitar esses duelos que moldaram a história de ambos os clubes.
Em 1975, a semifinal do Campeonato Brasileiro marcou um dos primeiros grandes encontros. O Internacional superou o Fluminense por 2 a 0 no Maracanã, um feito notável que abriu caminho para o Colorado conquistar seu primeiro título nacional ao vencer o Cruzeiro na decisão.
A final da Copa do Brasil de 1992 proporcionou um capítulo de drama e controvérsia. No jogo de ida, nas Laranjeiras, o Fluminense venceu por 2 a 1. Na volta, no Beira-Rio, aos 42 minutos do segundo tempo, o árbitro assinalou um pênalti questionável a favor do Internacional . Célio Silva converteu a penalidade, assegurando a vitória colorada e o título da competição, encerrando um jejum de 13 anos sem conquistas nacionais diante de 45.777 torcedores, graças ao critério do gol qualificado fora de casa.

Duelos Recentes e o Impacto da Libertadores
Vinte anos após o embate da Copa do Brasil, Fluminense e Internacional voltaram a se encontrar em uma competição internacional: as oitavas de final da Copa Libertadores da América de 2012. Após um empate sem gols no Beira-Rio, onde o goleiro tricolor Diego Cavalieri brilhou, defendendo inclusive um pênalti de Jesús Dátolo, o Fluminense venceu a partida de volta no Engenhão por 2 a 1. Leandro Damião abriu o placar para o Inter, mas Leandro Euzébio e Fred garantiram a virada e a classificação do Tricolor Carioca para as quartas de final, onde enfrentaria o Boca Juniors.
O Campeonato Brasileiro de 2016 trouxe um desfecho doloroso para o Internacional . Na última rodada, o empate em 1 a 1 com o Fluminense no Rio de Janeiro selou o primeiro rebaixamento do Colorado para a Série B na história do clube. Curiosamente, no mesmo ano, pela edição inaugural da Primeira Liga, o Fluminense já havia superado o Internacional na semifinal, após um empate em 2 a 2 no tempo normal e uma vitória por 3 a 2 nas penalidades.
A semifinal da Libertadores de 2023 representou um dos confrontos mais dramáticos. No Maracanã, Germán Cano abriu o placar para o Fluminense. Hugo Mallo empatou para o Internacional , e Alan Patrick virou o jogo com um gol espetacular. Nos minutos finais, um escanteio de Jhon Arias encontrou Nino, que cabeceou para Cano. Mesmo sem ângulo e sob marcação, o argentino arriscou o chute e, surpreendentemente, empatou o jogo no Rio de Janeiro.
Na partida de volta, no Beira-Rio, o Internacional saiu na frente com Gabriel Mercado, aproveitando uma colisão entre Fábio e Nino em um escanteio. O Fluminense enfrentou dificuldades para impor seu ritmo, mas aos 36 minutos da segunda etapa, John Kennedy igualou o placar, após Enner Valencia desperdiçar ao menos três oportunidades claras para o Internacional . Seis minutos depois, aos 42 minutos, Germán Cano marcou seu 12º gol na Libertadores, assegurando a classificação do Fluminense para a final, onde, assim como em 2012, enfrentaria o Boca Juniors. Com essa campanha histórica, o Fluminense retornou à final da Libertadores após 15 anos e conquistou seu segundo título do torneio, novamente no Maracanã, ao vencer o Boca Juniors por 2 a 1 na prorrogação em 4 de novembro.
Abel Braga: Um Ídolo Compartilhado
A história de Abel Braga é um elo singular entre Internacional e Fluminense, clubes onde ele deixou marcas indelével como jogador e, principalmente, como treinador. Formado nas categorias de base, Abel Braga atuou como zagueiro no Fluminense entre 1971 e 1976, período em que conquistou quatro campeonatos cariocas (1971, 1973, 1975 e 1976), duas Taças Guanabara (1971 e 1975) e o Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro em 1973.
Contudo, foi no Internacional que Abel Braga alcançou a maior parte de seus títulos como técnico. Ele conduziu o Colorado à glória da Copa Libertadores de 2006 e ao Mundial de Clubes, comandando equipes com nomes como Tinga, Iarley, Rafael Sóbis, Fernandão e Alexandre Pato. Além desses feitos, foi vice-campeão brasileiro em 2006 e conquistou o Campeonato Gaúcho e a Copa Dubai, ambos em 2008. Antes de sua era de ouro, Abel já havia comandado o Internacional em passagens anteriores (1988-89, 1991 e 1995), sendo vice-campeão brasileiro em 1988. Em 2020, retornou ao Inter, levando a equipe ao vice-campeonato brasileiro daquele ano.
No Fluminense, Abel Braga teve múltiplas passagens como técnico: em 2005, entre 2011 e 2013, no biênio 2017-2018 e em 2022. Durante sua trajetória à frente do Tricolor, ele acumulou conquistas significativas, incluindo os campeonatos cariocas de 2005, 2012 e 2022, as Taças Rio de 2005 e 2018, as Taças Guanabara de 2012, 2017 e 2022, e o Campeonato Brasileiro de 2012. A presença de Abel Braga nas histórias de sucesso de ambos os clubes sublinha a profundidade e a complexidade desta rivalidade.
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