Inter x Flamengo: Notas da Derrota Explicam Fracasso Defensivo e Tático

A vigésima rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 trouxe à tona, mais uma vez, as fragilidades de um Internacional que parece incapaz de se impor diante de adversários de maior calibre. A derrota por 3 a 1 para o Flamengo, em um confronto marcado pela superioridade rubro-negra do início ao fim, não é apenas um resultado adverso; é um sintoma claro de problemas estruturais e táticos que persistem no Beira-Rio.

O placar final reflete uma partida onde o Colorado foi consistentemente superado, com a equipe carioca ditando o ritmo e explorando as deficiências adversárias. Embora o técnico Roger Machado tenha optado por escalar alguns reservas, a performance coletiva foi decepcionante, culminando em um revés merecido.

A Defesa em Frangalhos: Um Pesadelo Constante

O setor defensivo do Internacional demonstrou uma vulnerabilidade preocupante, sendo o ponto mais crítico da atuação. O goleiro Anthoni, com nota 5.0 tanto do GE quanto do público, viu praticamente todas as finalizações adversárias encontrarem as redes, evidenciando a falta de proteção à sua frente. As laterais foram um verdadeiro corredor para os atacantes flamenguistas.

Alan Benítez, avaliado com 4.0 por ambos os veículos, teve uma noite para esquecer. As investidas de Ayrton Lucas, Arrascaeta e Samuel Lino se transformaram em um pesadelo constante para o lateral paraguaio, que se mostrou incapaz de conter o trio. A entrada de Wallace Yan, inclusive, o deixou em desvantagem em diversos momentos. Pelo lado oposto, Aguirre (4.0) também afundou na lateral esquerda, oscilando entre marcar Varela e Pedro, sem conseguir anular nenhum deles, resultando no gol do centroavante.

No miolo da zaga, Clayton Sampaio (4.0) e Victor Gabriel (4.5) não foram exceção. Sampaio cedeu espaço crucial para Pedro finalizar no segundo gol e, em um erro na saída de bola, originou o tento de Plata. Por sorte, um erro de Ayrton Lucas evitou o que seria o quarto gol dos visitantes. Victor Gabriel , por sua vez, sofreu com a movimentação ofensiva do Flamengo, sendo driblado por Varela e falhando na pressão sobre Plata no terceiro gol. No final da partida, um afastamento equivocado por pouco não gerou outra chance clara para o adversário.

Meio-Campo e Ataque Sem Inspiração

O meio-campo colorado teve dificuldades em conter a criatividade adversária e em organizar as próprias ações ofensivas. Richard (5.0) não conseguiu neutralizar a movimentação de Arrascaeta, e Plata avançou sem incômodo para marcar o terceiro gol. Bruno Henrique (5.0) tentou orquestrar o time, mas sem sucesso, sendo substituído sob vaias. Gustavo Prado (5.5) teve uma jogada individual no primeiro tempo e uma finalização defendida por Rossi no segundo, mas sem grande impacto.

No ataque, a produção foi igualmente limitada. Vitinho (5.0) buscou levar o time à frente com dribles e arrancadas, mas suas ações geraram pouco perigo real. Enner Valencia (4.5), que iniciou como titular, recebeu um cartão amarelo, não ofereceu ameaça a Rossi e também deixou o campo vaiado, refletindo sua atuação apagada. Ricardo Mathias (5.0) foi outro atacante pouco acionado, assim como seus companheiros de setor.

As entradas de Thiago Maia (5.5) e Alan Rodríguez (6.0), com o jogo já decidido, pouco alteraram o cenário. Rodríguez, contudo, conseguiu acertar uma bola na trave, mostrando algum ímpeto. O ponto positivo veio de Wesley (6.0), que entrou e, em sua primeira jogada, deu uma caneta, deixando Borré cara a cara com Rossi, que chutou em cima do goleiro. O próprio Borré (6.5) foi o responsável pelo gol de honra do Internacional , aproveitando um cruzamento de Bernabéi (6.0), que entrou para tentar conter os avanços pela esquerda e acabou sendo decisivo no lance do gol colorado.

A Responsabilidade Tática: O Papel de Roger Machado

O técnico Roger Machado, com uma nota 4.0, é um dos principais alvos da análise pós-jogo. A decisão de utilizar os reservas não justificou a total submissão da equipe ao adversário. O Internacional foi envolvido pelo Flamengo do início ao fim, sem apresentar um plano tático eficaz para conter o ímpeto rubro-negro ou para criar oportunidades consistentes. A derrota, sob essa perspectiva, foi um resultado justo para o que se viu em campo. A gestão da equipe e as escolhas estratégicas do treinador serão, inevitavelmente, questionadas após mais um desempenho abaixo do esperado.

Confira a tabela com as notas detalhadas dos jogadores e do técnico: