Inter x Bahia: Análise Crítica das Atuações – Vitinho Destaque, Bernabéi Ponto Fraco

O Empate Amargo e a Necessidade de um Olhar Crítico

O recente confronto do Internacional, que culminou em um empate, deixou a torcida colorada com um misto de sentimentos. Se por um lado a persistência em buscar o resultado foi notável, por outro, as falhas individuais e coletivas que permitiram ao adversário se manter na disputa acendem um sinal de alerta. É imperativo, neste momento, transcender a análise superficial e mergulhar nas atuações de cada atleta, dissecando os acertos e, principalmente, os equívocos que moldaram o destino da partida.

A avaliação dos jogadores, tanto pela imprensa especializada quanto pelo público, revela um panorama de contrastes. Enquanto alguns elementos do elenco demonstraram capacidade de decisão e resiliência, outros evidenciaram fragilidades que demandam atenção imediata. A performance individual, afinal, é o alicerce sobre o qual se constrói o desempenho coletivo, e a inconsistência em peças-chave pode comprometer aspirações maiores.

O Brilho Isolado no Ataque Colorada

No cenário de um embate equilibrado, o nome de Vitinho emergiu como o principal protagonista pelo lado colorado. Sua presença no setor ofensivo foi determinante, com movimentação constante e, mais crucialmente, a efetividade na conclusão das jogadas. Responsável pelos dois tentos do Internacional , Vitinho não apenas se destacou pela capacidade de balançar as redes, mas também pela proatividade e envolvimento nas ações de ataque, confirmando a nota 8.0 atribuída por especialistas e torcedores.

O suporte a Vitinho veio, em grande parte, de Bruno Gomes. O lateral, que demonstra versatilidade ao atuar como volante de origem, revelou-se um verdadeiro "garçom" na direita. Com arrancadas precisas e lançamentos milimétricos, Bruno Gomes orquestrou as jogadas que resultaram nos dois gols de Vitinho , evidenciando uma adaptação tática que lhe rendeu uma merecida nota 7.5. Sua contribuição transcendeu a função defensiva, tornando-o um pilar na construção ofensiva.

Fragilidades Defensivas e o Ponto de Preocupação

Em contrapartida ao brilho ofensivo, a retaguarda colorada apresentou um ponto de vulnerabilidade notório: Bernabéi. O lateral esquerdo continua a enfrentar dificuldades significativas no aspecto defensivo, culminando em falhas cruciais que impactaram diretamente o placar. Sua ineficácia na contenção foi evidente nos dois gols sofridos pelo Bahia, além de um lance anterior onde uma bola nas costas de Ademir quase resultou em um gol adversário. A nota 3.5, tanto da imprensa quanto do público, reflete a urgência de aprimoramento em sua performance.

Apesar das dificuldades de Bernabéi, a dupla de zaga, formada por Vitão e Mercado, demonstrou maior segurança. Vitão , com boas interceptações, e Mercado , atuando pela direita da defesa com consistência, conseguiram conter parte das investidas adversárias, embora tenham sido superados em momentos pontuais. Ambos receberam uma nota 6.0, indicando um desempenho adequado, mas sem grande destaque. No gol, Ivan se mostrou uma barreira importante, realizando defesas significativas em ambos os tempos, incluindo uma intervenção "inacreditável" na reta final, que lhe garantiu uma nota 7.0 e isentou-o de responsabilidade nos gols sofridos.

O Meio-Campo: Entre a Organização e a Lentidão

O setor de meio-campo do Internacional apresentou um panorama misto. Alan Patrick, atuando com mais confiança e centralizado, foi peça fundamental na distribuição de passes e na articulação ofensiva, contribuindo inclusive na origem do primeiro gol colorado. Sua nota 6.5 reflete uma atuação positiva, auxiliando também na marcação. Thiago Maia, por sua vez, mostrou-se proativo na ligação entre os setores e na marcação, mas em alguns momentos sua lentidão foi percebida, resultando em um cartão amarelo e posterior substituição. Sua avaliação foi de 6.0.

Luis Otávio, também no meio-campo, exibiu segurança e realizou uma falta tática providencial para frear um ataque adversário, recebendo igualmente um cartão amarelo e a nota 6.0. Entre os substitutos, Richard, que entrou no lugar de Thiago Maia , teve um momento de destaque ao desviar um cruzamento de cabeça que beijou o travessão, além de realizar um corte defensivo importante, mantendo a nota 6.0. Já Óscar Romero, que substituiu Alan Patrick nos minutos finais, teve pouca participação e, consequentemente, não foi avaliado.

O Ataque que Custa Caro e as Decisões do Banco

Além de Vitinho , o ataque colorado revelou fragilidades que custaram caro. Borré, apesar de sua voluntariedade, continua a demonstrar dificuldades inexplicáveis na finalização. Teve oportunidades claras, como uma saída de frente para o goleiro Ronaldo e outra em que se atrapalhou no domínio, mas não conseguiu converter, justificando sua nota 5.0. Carbonero, que retornou ao time titular, mostrou-se participativo e chegou a marcar um gol em jogada individual, que, infelizmente, foi anulado. Sua atuação lhe rendeu um 7.0, evidenciando um retorno promissor.

Entre os que vieram do banco, Gustavo Prado cometeu um erro crucial, perdendo a posse de bola em uma jogada que culminou no segundo gol do Bahia, resultando em uma nota 5.0. Alan Rodríguez, que voltou após um período lesionado, ainda carece de ritmo de jogo, mas demonstrou proatividade em sua breve participação, com nota 5.5. As escolhas do técnico Ramón Díaz, que escalou bem e alterou posições e esquema tático inicialmente, foram questionadas pelas substituições. A avaliação de 5.0 para o treinador reflete a percepção de que suas mexidas enfraqueceram o time, contribuindo para que o Internacional não aproveitasse plenamente suas chances e cedesse o empate.

Ranking de Atuação: O Desempenho Individual em Números

Para uma visão consolidada do desempenho dos atletas e do comando técnico, apresentamos a tabela de notas do GE: