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Inter x Atlético-MG: Detalhes da Cobrança por Patrick na CNRD
Por Redação FutInter em 02/09/2025 05:21
O Sport Club Internacional, em uma movimentação estratégica no cenário jurídico esportivo, acionou formalmente o Atlético-MG perante a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão autônomo vinculado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O cerne da questão reside na cobrança de uma dívida referente ao meio-campista Patrick, porém, o detalhe crucial é que esta pendência não se vincula à sua transferência para o São Paulo, mas sim à sua subsequente negociação com o Santos no ano anterior.
A demanda do clube gaúcho objetiva o recebimento de sua porcentagem na transação que levou Patrick ao "Peixe". Em abril de 2024, o Santos oficializou a aquisição de oitenta por cento dos direitos econômicos do atleta por US$ 1 milhão, valor que, na cotação da época, equivalia a aproximadamente R$ 5,1 milhões. Neste arranjo, o Internacional detinha uma fatia de dez por cento dos direitos do jogador.
A Intrincada Trajetória de Patrick e os Valores Devidos ao Colorado
A jornada de Patrick no futebol brasileiro, após quatro temporadas dedicadas ao Beira-Rio, culminou em sua transferência para o São Paulo em 2022. Naquela ocasião, o Internacional embolsou cerca de R$ 6,5 milhões pela parte que lhe cabia dos direitos econômicos do atleta, com a astúcia de manter trinta e cinco por cento dos direitos, vislumbrando um potencial ganho em futuras transações.
Posteriormente, no início de 2023, o Atlético-MG formalizou a aquisição de oitenta por cento dos direitos de Patrick junto ao São Paulo, desembolsando R$ 8 milhões. O montante correspondente à porcentagem de trinta e cinco por cento que o Colorado ainda possuía foi devidamente repassado ao clube gaúcho. A atual controvérsia, portanto, concentra-se na subsquente venda do jogador para o Santos, onde o Atlético-MG, detentor de parte dos direitos, deveria repassar a porcentagem do Inter.

Outras Pendências Financeiras: Rafael, David e a Busca por Recursos
Este cenário de disputas financeiras não é um caso isolado na gestão do Internacional . A diretoria do clube também se debruça sobre a movimentação de Rafael, do Atlético-MG para o São Paulo, buscando esclarecimentos. O objetivo é determinar se esta operação específica se interligou à transação de Patrick, o que poderia, em tese, resultar em um aporte adicional de recursos aos cofres do Beira-Rio.
Adicionalmente, outra pendência significativa envolve o atacante David. O Internacional reivindica 2 milhões de euros, o que na cotação atual corresponde a cerca de R$ 12,74 milhões, do Vasco da Gama pela aquisição do jogador. A complexidade desta situação é amplificada pelo fato de o clube carioca estar sob o regime de recuperação judicial, o que impõe consideráveis desafios para a concretização do pagamento da dívida.
Para ilustrar a dimensão das disputas financeiras que o Internacional enfrenta ou está envolvido, apresentamos um panorama:
Jogador | Clube Devedor/Credor | Valor Envolvido | Situação |
---|---|---|---|
Patrick | Atlético-MG | Fatia de US$ 1 milhão (Santos) | Cobrança via CNRD |
Rafael | Atlético-MG / São Paulo | A definir | Inter busca esclarecimentos |
David | Vasco | ? 2 milhões (R$ 12,74 milhões) | Vasco em recuperação judicial |
Thiago Maia | Flamengo | ? 1.472.588,33 (R$ 9,3 milhões) | Inter condenado pela CNRD |
O Outro Lado da Moeda: Internacional Também Enfrenta Condenações na CNRD
Em um paradoxo que sublinha a complexidade das finanças no futebol, enquanto o Internacional se empenha em reaver valores de negociações passadas, o próprio clube foi alvo de uma condenação pela CNRD. A decisão judicial obriga o Colorado a efetuar pagamentos ao Flamengo, referentes a pendências da aquisição do volante Thiago Maia, evidenciando que as disputas podem ter mão dupla.
A sentença proferida impõe ao Internacional a obrigação de desembolsar 1.472.588,33 euros, o equivalente a aproximadamente R$ 9,3 milhões, ao clube carioca, em virtude do descumprimento contratual. Além deste montante principal, há uma quantia adicional, superior a R$ 500 mil, destinada a honorários advocatícios e despesas processuais, adicionando um custo considerável ao balanço do clube gaúcho.
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