Revés Financeiro: Conselho do Inter Rejeita Emissão de Debêntures

Em uma sessão tensa e decisiva, o Conselho Deliberativo do Internacional negou a proposta da diretoria para a emissão de debêntures. A votação, realizada na segunda-feira, contabilizou 161 votos contrários e 159 favoráveis, em um total de 320 conselheiros participantes. O resultado impõe um significativo revés para os planos financeiros do clube.

Rejeição da Proposta e o Impacto nas Finanças do Inter

A assembleia, que se iniciou por volta das 20h, foi marcada pela apresentação das justificativas de ambas as partes e culminou com a votação. Um ponto de destaque foi um debate acalorado entre o atual presidente, Alessandro Barcellos, e Roberto Melo, seu concorrente na última eleição e ex-vice de futebol do clube entre 2017 e 2019. A discordância entre os dois evidenciou a divisão e as preocupações em torno da questão financeira.

A gestão do Internacional buscava, através da emissão de debêntures, a captação de R$ 200 milhões junto a investidores. A alegação era de que já possuíam R$ 100 milhões assegurados, provenientes de acordos com o Banrisul e o BMG, necessitando da outra metade para completar o montante desejado. A rejeição da proposta, portanto, coloca a diretoria em uma posição delicada, exigindo a busca por alternativas para lidar com a considerável dívida do clube, estimada em R$ 750 milhões.

O Beira-Rio como Garantia e a Preocupação dos Conselheiros

Um dos pontos mais controversos da proposta era a inclusão do Estádio Beira-Rio como uma das garantias da operação. O estádio seria a quarta e última garantia na hierarquia, precedida pela receita do quadro social, bilheteria e um fundo de reserva. Essa condição gerou grande preocupação entre torcedores e conselheiros, que temiam a possibilidade de perder o estádio. A direção do clube tentou acalmar os ânimos, assegurando que não havia risco de perda do patrimônio, mas a desconfiança persistiu.

Buscando Alternativas para a Saúde Financeira do Clube

A discussão sobre a emissão de debêntures já vinha sendo debatida desde o início do ano, com Barcellos à frente do projeto. A recusa do Conselho Deliberativo, no entanto, inviabiliza esse plano, obrigando a gestão a buscar novas estratégias para sanar as finanças do clube. A situação expõe a fragilidade financeira do Internacional e a necessidade urgente de encontrar soluções para reverter o cenário. O clube agora enfrenta o desafio de reavaliar suas opções e traçar um novo caminho para a estabilidade financeira.