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Inter: Manobra Financeira com Direitos de TV Gera Críticas de Especialistas
Por Redação FutInter em 17/09/2025 06:13
Uma decisão financeira recente do Internacional vem gerando considerável debate e levantando sérias preocupações no cenário esportivo. A antecipação de uma parcela significativa dos direitos de transmissão do Brasileirão, proveniente do acordo com a Liga Forte União (LFU), foi alvo de severas críticas por parte de um renomado jornalista especializado em economia do futebol.
Rodrigo Capelo, em uma reveladora entrevista ao programa "Um Assado Para...", de Duda Garbi, não poupou palavras ao analisar a estratégia adotada pelo clube gaúcho. Sua avaliação aponta para um cenário de grande imprudência, com implicações que podem ser sentidas no longo prazo.
O cerne da questão reside na negociação que envolveu a venda antecipada de 10% dos direitos de transmissão referentes aos próximos 50 anos. Esta manobra, que rendeu ao Colorado cerca de R$ 109 milhões, é vista por Capelo como um expediente de curto prazo com consequências desastrosas para a saúde financeira da instituição. "Pega 50 anos do direitos de transmissão do Brasileiro e vende 10% para conseguir uma verba antecipada. Péssimo negócio. Um dos piores negócios da história", sentenciou o especialista.
A Imprudência da Antecipação e Suas Razões
A antecipação de receitas futuras, especialmente em um horizonte de meio século, é um movimento que raramente é justificado em uma gestão financeira prudente. A análise de Capelo ressalta que tal atitude, ao invés de buscar um investimento estratégico ou estrutural, parece ter sido motivada por uma necessidade premente de equilibrar as contas imediatas do clube.
O contexto dessa transação é igualmente complexo. No final de 2024, o Internacional , junto a outros clubes da LFU, efetuou a recompra de 20% dos direitos de mídia que haviam sido previamente alienados a um grupo de investidores. Contudo, no início de 2025, o Colorado conseguiu renegociar os termos e, em vez de uma recompra completa, optou por receber apenas 10% do valor total, o que se traduziu nos mencionados R$ 109 milhões antecipados.
A crítica central de Capelo se aprofunda na falta de visão de longo prazo que a decisão demonstra. "Não está sendo investido a longo prazo, como deveria ser, em algo como estrutura. Não tenho dúvida que não valeu a pena (no caso do Inter). Foi um negócio imediatista, tomado por um dirigente desesperado para fechar a conta", concluiu o jornalista, expondo a fragilidade por trás da manobra financeira.
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