Inter em Alerta Máximo: Derrota Expõe Falhas Cruciais e Ameaça Queda

A recente derrota do Internacional para o Vitória, por um placar mínimo de 1 a 0 no Barradão na última quarta-feira, dia 5 de novembro, acendeu um sinal de alerta severo na campanha do clube gaúcho contra o descenso. Este revés, em um embate direto, encurtou drasticamente a margem de segurança do time em relação à zona de rebaixamento, de cinco para apenas três pontos. A situação pode se agravar ainda mais, com a diferença caindo para dois pontos, caso o Santos consiga uma vitória no clássico contra o Palmeiras, agendado para esta quinta-feira.

Diversos fatores se alinham para explicar o desempenho insatisfatório do Internacional frente ao adversário baiano. Entre eles, destacam-se a notória deficiência no setor ofensivo que tem afligido a equipe Colorada nas últimas rodadas, as escolhas do técnico Ramón Díaz em manter jogadores-chave, como Carbonero, no banco de reservas, e, de forma premente, uma evidente fragilidade psicológica que tem minado o rendimento do elenco, especialmente diante da sequência de resultados desfavoráveis.

O Declínio Psicológico do Colorado

A deterioração do estado anímico dos atletas é um dos pilares dessa fase delicada. A própria comissão técnica, representada por Ramón e Emiliano Díaz, admitiu abertamente que a sequência de atuações e resultados abaixo do esperado tem um impacto profundamente negativo sobre a mentalidade dos jogadores, refletindo diretamente em seu desempenho em campo.

A postura da equipe técnica, em meio a este cenário de pressão, foi de apelo à resiliência e ao esforço coletivo.

"Quando estamos nessa situação, temos que manter a tranquilidade. Vamos seguir trabalhando, a situação é cada vez mais complicada. A única coisa que temos que fazer é juntar forças", citaram os membros da comissão técnica.

Escolhas Táticas Sob Escrutínio: O Caso Carbonero

Uma das decisões mais contestadas e recorrentes do comando técnico tem sido a manutenção de Carbonero no banco de reservas. A opção por não iniciar com o camisa 7 no empate contra o Atlético-MG já havia gerado perplexidade, visto que o jogador tem sido um dos poucos a demonstrar bom futebol e a se destacar individualmente ao longo da temporada. A insatisfação da torcida foi notória, e o técnico argentino, contudo, optou por reiterar essa escolha no confronto crucial contra o Vitória.

A ausência de Borré, suspenso automaticamente, abriu uma lacuna no ataque e alimentou a expectativa de um retorno de Carbonero à formação inicial. Embora houvesse uma disputa pela vaga entre ele e Ricardo Mathias, o treinador priorizou este último, visando preservar uma configuração de ataque com um centroavante de referência. Contudo, essa estratégia não se traduziu em resultados positivos ou em um desempenho ofensivo convincente.

A Ineficácia Ofensiva que Assola o Clube

A carência de efetividade no ataque tem sido um problema crônico para o Internacional , estendendo-se por, no mínimo, quatro rodadas, período em que a equipe amarga um preocupante jejum de gols. No entanto, essa fragilidade tornou-se ainda mais gritante na partida anterior, contra o Atlético-MG. Mesmo jogando em casa, no Beira-Rio, e desfrutando de uma vantagem numérica por grande parte do confronto, o Colorado foi incapaz de assegurar a vitória.

Naquela ocasião, a equipe demonstrou volume, dominando as ações e registrando 22 tentativas de gol. Contudo, a precisão foi pífia, com apenas nove arremates no alvo e, de acordo com as métricas do "Sofascore", somente uma única chance clara de gol criada. Este mesmo roteiro de criar sem converter se desenrolou novamente contra o Vitória, onde, apesar de algumas boas oportunidades, a pontaria permaneceu um calcanhar de Aquiles.

Com a 33ª rodada do Brasileirão à frente, o Internacional terá um novo desafio no próximo sábado, às 18h30, no Beira-Rio, enfrentando o Bahia. A pressão é imensa, pois o resultado do clássico entre Santos e Palmeiras, nesta quinta-feira, 6 de novembro, pode reduzir a margem para a zona de rebaixamento para alarmantes dois pontos. Curiosamente, uma vitória santista significaria o retorno do Vitória à indesejada zona de descenso.