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Inter e Grêmio: O Que a Dupla Troca de Técnicos Após 12 Anos Revela para 2026?
Por Redação FutInter em 22/12/2025 05:11
Um novo ano frequentemente simboliza um novo começo, e em Porto Alegre, para 2026, essa máxima ganha um significado especial. Internacional e Grêmio iniciarão a temporada com novos nomes no comando técnico simultaneamente, um evento que não se repetia há mais de uma década. A última vez que os dois rivais gaúchos apresentaram novos treinadores no mesmo período foi em 2013, para o ciclo de 2014.
Recentemente, Paulo Pezzolano foi anunciado para assumir o time colorado, enquanto Luís Castro foi confirmado no banco tricolor. Ambos os profissionais têm a missão de iniciar seus trabalhos oficialmente a partir de janeiro, marcando uma rara convergência de apostas estratégicas por parte dos clubes.
A Nova Era no Gigante da Beira-Rio
No lado colorado, após uma reta final de campeonato tensa que culminou em uma dramática fuga do rebaixamento, o Internacional deposita suas esperanças em Paulo Pezzolano. O uruguaio assume o leme de uma equipe que busca reestruturação e novos horizontes. A aposta na continuidade, contudo, se manifesta na permanência de Abel Braga, figura icônica do clube, que suspendeu sua aposentadoria para guiar o time em um momento crítico. Agora, Abel transita para a função de diretor técnico, oferecendo sua vasta experiência nos bastidores do Beira-Rio.
O Desafio Tricolor e a Busca por Renovação
Do outro lado da cidade, o Grêmio, sob a égide de uma nova diretoria, optou por uma ruptura com o ciclo anterior, dispensando Mano Menezes. A escolha recaiu sobre Luís Castro, técnico português que demonstrou competência em seu trabalho recente no Botafogo. A missão de Castro é clara: promover uma profunda reconfiguração do elenco e forjar uma equipe capaz de competir em alto nível, distanciando-se das campanhas recentes que mantiveram o clube na zona inferior da tabela do Brasileirão, buscando um time mais competitivo após mais um ano brigando na parte de baixo do Brasileirão.
Precedente Histórico: O Último Encontro de Estreias (2014)
A última vez que Porto Alegre testemunhou uma sincronia tão incomum na troca de comandos técnicos remonta ao final de 2013, para a temporada de 2014. Naquele período, a figura de Abel Braga já se destacava. Em 13 de dezembro, o Internacional confirmava a sexta passagem do "Abelão" pelo Beira-Rio, sucedendo o interino Clemer para iniciar um novo projeto.
Poucos dias depois, em 16 de dezembro, o Grêmio também anunciava seu novo treinador para 2014: Enderson Moreira. A decisão tricolor veio após a não renovação com Renato Portaluppi, que havia levado o time ao vice-campeonato brasileiro. Enderson, então com 42 anos e vindo de um consistente trabalho no Goiás, era a aposta para uma temporada com Conmebol Libertadores pela frente. Contudo, sua permanência durou apenas sete meses, sendo substituído por Felipão, recém-saído da seleção nacional.
Os resultados daquela temporada foram mistos para ambos. O Grêmio, sob o comando de Enderson e posteriormente Felipão, viu-se superado na final do Gauchão pelo Internacional de Abel, em uma goleada por 4 a 1 no Beira-Rio. Na Conmebol Libertadores, apesar de uma fase de grupos sólida, a equipe tricolor foi eliminada nas oitavas de final, em casa, pelo San Lorenzo. O Internacional , por sua vez, celebrou o título estadual, mas teve eliminações precoces na Copa do Brasil e na Sul-Americana. Apesar de um respeitável terceiro lugar no Brasileirão, Abel Braga não permaneceu para a temporada seguinte, marcando o início da gestão do presidente Vittório Piffero.
A Dinâmica das Trocas: Uma Década de Instabilidade
Após a saída de Abel Braga, o Internacional anunciou Diego Aguirre em dezembro de 2014, enquanto o Grêmio mantinha Felipão. Este padrão, com ao menos um dos rivais iniciando a temporada com o técnico da anterior, persistiu pelos onze anos subsequentes. A análise do período revela uma disparidade notável na estabilidade dos comandos técnicos.
Desde a saída de Abel em 2014 até a chegada de Paulo Pezzolano, o Internacional contabilizou 20 trocas de treinadores. Em contraste, o Grêmio, de Enderson Moreira a Luís Castro, registrou 11 mudanças, um número significativamente menor, em grande parte influenciado pelas extensas passagens de Renato Portaluppi, que somou quase cinco anos entre 2016 e 2021, e mais de dois anos entre 2022 e 2024.
A seguir, uma visão detalhada dos treinadores que passaram pelos dois clubes desde 2014:
| Clube | Treinador | Período |
|---|---|---|
| Grêmio | Enderson Moreira | dez/2013 - jul/2014 |
| Felipão | jul/2014 - mai/2015 | |
| Roger Machado | mai/2015 - set/2016 | |
| Renato Portaluppi | set/2016 - abr/2021 | |
| Tiago Nunes | abr/2021 - jul/2021 | |
| Felipão | jul/2021 - out/2021 | |
| Vagner Mancini | out/2021 - fev/2022 | |
| Roger Machado | fev/2022 - set/2022 | |
| Renato Portaluppi | set/2022 - dez/2024 | |
| Gustavo Quinteros | jan/2025 - abr/2025 | |
| Mano Menezes | abr/2025 - dez/2025 | |
| Luís Castro | atual | |
| Internacional | Abel Braga | dez/2013 - dez/2014 |
| Diego Aguirre | dez/2015 - ago/2015 | |
| Argel Fucks | ago/2015 - jul/2016 | |
| Paulo Roberto Falcão | jul/2016 - ago/2016 | |
| Celso Roth | ago/2016 - nov/2016 | |
| Lisca | nov/2016 - dez/2016 | |
| Antônio Carlos Zago | dez/2016 - mai/2017 | |
| Guto Ferreira | mai/2017 - nov/2017 | |
| Odair Hellmann | nov/2017 - out/2019 | |
| Zé Ricardo | out/2019 - dez/2019 | |
| Eduardo Coudet | dez/2019 - nov/2020 | |
| Abel Braga | nov/2020 - fev/2021 | |
| Miguel Ángel Ramírez | mar/2021 - jun/2021 | |
| Diego Aguirre | jun/2021 - dez/2021 | |
| Alexander Medina | dez/2021 - abr/2022 | |
| Mano Menezes | abr/2022 - jul/2023 | |
| Eduardo Coudet | jul/2023 - jul/2024 | |
| Roger Machado | jul/2024 - set/2025 | |
| Ramón Díaz | set/2025 - dez/2025 | |
| Abel Braga | dez/2025 | |
| Paulo Pezzolano | atual |
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