Inter Banca Roger Machado: Os Motivos da Diretoria e o Futuro Incerto

O Sport Club Internacional atravessa um período de intensa turbulência. A recente desclassificação na Copa do Brasil, somada a uma sequência de quatro confrontos sem triunfo e a aparente ausência de soluções táticas em campo, elevou exponencialmente a pressão sobre o comando técnico de Roger Machado. A massa colorada não disfarça seu descontentamento e vocaliza o clamor pela alteração no banco de reservas. Contudo, a cúpula diretiva persiste em seu apoio. Mas quais são as premissas que sustentam tal determinação?

A contestação em torno de Roger não é um fenômeno recente. Em ocasiões anteriores, o treinador foi alvo de manifestações de desaprovação, chegando a ser vaiado durante a leitura da escalação no Beira-Rio e rotulado de "burro" por setores da arquibancada. No ambiente digital, seu nome tem sido o epicentro de protestos e insistentes solicitações por sua exoneração.

A Sustentação da Cúpula Colorada

Ainda assim, após o empate em 1 a 1 com o Fluminense no Maracanã, o próprio técnico reiterou sua convicção no trabalho que vem sendo desenvolvido. Já nas primeiras horas da quinta-feira, o vice-presidente de futebol, José Olavo Bisol, manifestou-se publicamente, reafirmando o incondicional respaldo da direção ao profissional.

Temos uma liberdade muito grande de troca com a comissão, seja na montagem do elenco e estratégia para organizar aos jogos. Participamos de todos os processos. Acreditamos que daremos a volta por cima ? diz Bisol.

Não pensamos em mudança. Temos convicção no trabalho. Muito por estarmos permanentemente fazendo a reflexão e autocrítica. ? José Olavo Bisol, vice de futebol do Inter

A diretoria deposita sua fé na capacidade de Roger em remobilizar o plantel. Para Bisol, essa habilidade é um pilar fundamental para preservar a atmosfera positiva no vestiário e buscar a tão almejada recuperação.

Adicionalmente, uma eventual ruptura com o comando técnico às vésperas do confronto crucial contra o Flamengo pela Conmebol Libertadores poderia introduzir riscos significativos. O mercado de treinadores apresenta-se restrito a opções viáveis, e um novo nome disporia de escasso tempo para assimilar o grupo e implementar suas concepções táticas.

Foto: (Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional)

Desafios Iminentes e a Busca Pela Reação

O Internacional agora se empenha em reestruturar-se, mas uma nova variável surge no horizonte: a questão clínica dos atletas. Mercado deixou o Maracanã com um problema na panturrilha direita, Carbonero com dores na coxa esquerda, e Richard sofreu um choque na cabeça. Este cenário, preocupante, terá implicações diretas no planejamento da equipe.

Apesar dos múltiplos entraves, o Internacional é compelido a apresentar uma reação imediata. Um novo revés eliminatório ou atuações aquém do esperado poderiam, finalmente, forçar a diretoria a reconsiderar sua postura. Conforme pontuou Bisol, a autoanálise e a exigência por resultados são processos contínuos no ambiente do clube.

No próximo sábado, o clube terá o primeiro capítulo dessa jornada de reencontro. O embate contra o Bragantino, válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, está agendado para as 18h30, no Cícero de Souza Marques. O confronto de ida pelas oitavas de final da Libertadores, diante do Flamengo, ocorrerá na quarta-feira seguinte, às 21h30, no Maracanã.