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Gre-Nal Decisivo: A Persistência da Direção do Inter em Roger Machado

Por Redação FutInter em 14/09/2025 00:42

O recente embate no Allianz Parque, que culminou na expressiva derrota de 4 a 1 para o Palmeiras, serviu como um espelho implacável, revelando a fragilidade atual do Internacional. Esse revés, contudo, não surpreende a maioria dos observadores externos. Apenas a cúpula colorada e o próprio treinador, Roger Machado, parecem alheios à estagnação que assola a equipe há um período considerável. É imperativo que se abandone a crença ingênua em um "trabalho" que, na prática, não se manifesta em resultados ou evolução. A goleada expôs, sem rodeios, o insucesso de uma equipe e de um comandante que, paradoxalmente, quanto mais tempo dispõe para aprimorar, menos soluções efetivas apresenta. E, ainda assim, sua permanência no cargo persiste.

A rotina do Colorado reflete uma mesmice preocupante, estendendo-se até mesmo às coletivas de imprensa. Quase como um ritual, Roger, já em suas primeiras declarações, reitera a mesma promessa de sempre: "eu tenho de buscar alternativas". Uma frase que ecoa em todas as suas aparições diante da mídia, mas que, na prática, não se traduz em qualquer inovação tática ou estratégica em campo.

A inação tática e a ausência de um plano B tornam-se ainda mais incompreensíveis quando se analisa o calendário recente. O Inter desfrutou de um período de tempo considerável para ajustes. As três frentes de competição foram encerradas há meses, eliminando a sobrecarga de jogos no meio de semana. Houve o recesso do Mundial de Clubes e, mais recentemente, duas semanas de paralisação devido à data Fifa. Inclusive, a equipe chegou a participar de uma dinâmica em um resort na região metropolitana de Porto Alegre, visando reforçar a coesão e a mobilização, um expediente já utilizado anteriormente. O resultado, como se viu, foi nulo.

A Persistência Tática e Suas Consequências em Campo

Não há justificativa plausível para eximir Roger de sua responsabilidade. O tempo para trabalhar, como já mencionado, foi abundante. O treinador poderia, como tanto verbaliza, efetivamente apresentar uma alternativa. Abandonar o desgastado e previsível esquema 4-2-3-1, já decifrado por todos os adversários. Contudo, a insistência prevalece. Em uma postura de suposta ousadia, manteve a forma de jogar e foi, como esperado, atropelado pelo Palmeiras, um time que, em sua atual fase, demonstra clara superioridade técnica e tática.

Os problemas são sistêmicos e evidentes. A defesa é superada com facilidade, seja pelo alto, pelo chão, ou por falhas individuais que se multiplicam. O meio-campo, por sua vez, oferece espaços generosos aos rivais, com uma marcação ineficaz e uma capacidade de criação quase inexistente quando Alan Patrick é neutralizado. O ataque, isolado, atua como um mero observador em campo. As raras oportunidades que surgem são desperdiçadas. O gol de honra, marcado por Carbonero, pareceu mais um reflexo da diminuição do ritmo do Palmeiras do que de uma real evolução do Internacional .

As declarações de Roger após a partida, mais do que preocuparem pelas escolhas, ecoaram a preocupação com o gerenciamento de danos:

No segundo tempo, optei em botar mais um lateral e trazer o Aguirre para a esquerda. A ideia era manter o placar que estava e, se possível, tentar diminuir, como aconteceu.

A mudança tática no segundo tempo, portanto, visou apenas minimizar o prejuízo, evidenciando a demora em reconhecer um primeiro tempo completamente perdido e a falta de proatividade para reverter o cenário.

Gre-Nal Decisivo: A Persistência da Direção do Inter em Roger Machado
Foto: (Divulgação)

A Direção Pressionada e a Cobrança Inédita aos Atletas

Neste cenário de perplexidade, é notável o esforço ? que beira o malabarismo ? da cúpula diretiva em defender seu comandante. Desta vez, a abordagem foi inovadora. Não apenas garantiu a permanência do técnico no banco de reservas para o Gre-Nal 448 (uma decisão que, inegavelmente, irrita a torcida e representa um desafio para o preenchimento do Beira-Rio), mas também decidiu cobrar publicamente o elenco, condenando a postura apresentada no Allianz Parque.

? Perder faz parte, o que não podemos é chegar aqui e perder da forma que nós perdemos. Deveríamos ter mais ímpeto, capacidade de mobilização, postura. Foi o que não mostraram os nossos atletas ? afirmou o vice de futebol José Olavo Bisol.

Não há como negar a atuação pífia do time, na qual ninguém se salvou. Contudo, a analogia é clara: quando um único aluno falha em uma prova, a culpa recai sobre ele. Mas quando toda a turma apresenta um desempenho aquém, a responsabilidade primordial é do professor. As atuações ruins vêm se sucedendo desde 1º de junho, quando o Inter sofreu uma derrota por 2 a 0 para o Fluminense em casa. Mesmo as raras vitórias conquistadas nesse intervalo vieram de performances abaixo das expectativas ou com sustos constantes durante os confrontos. O capitão Alan Patrick , por sua vez, lamentou: "Precisamos de muito mais do que foi apresentado hoje". Já Alan Rodríguez, no intervalo, pediu desculpas pelos gols sofridos, evidenciando o constrangimento.

O Gre-Nal 448: O Veredito Final para o Comando Técnico?

A semana do Gre-Nal já se inicia neste domingo, e é inegável o caráter motivacional inerente a um clássico. A indignação gerada pelas críticas da torcida e da imprensa, somada à vontade de superar o maior rival, será suficiente para a conquista dos três pontos?

A persistência no mesmo esquema tático, com a estratégia habitual e a manutenção de peças que pouco têm agregado, garantirá a vitória? Não é prudente depender apenas da força das arquibancadas para fazer a diferença. A realidade é que, se Roger não promover mudanças substanciais, um receio justificado começará a pairar sobre o Beira-Rio.

O objetivo de assegurar uma classificação para a próxima edição da Conmebol Libertadores parece, neste momento, quase inatingível, seja pela pontuação distante ou pelo desempenho apresentado. A meta mais realista, hoje, é distanciar-se da zona de rebaixamento. O Gre-Nal servirá como o grande balizador do futuro. Um novo insucesso, especialmente contra o arquirrival, certamente inflamará as arquibancadas e tornará insustentável a sequência do atual técnico. Por mais que a direção insista em esticar a corda, buscando uma luz em um túnel que, para muitos, já se mostra completamente fechado.

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Comentado em 14/09/2025 05:00 Roger precisa mudar o esquema urgente, não dá pra ficar no 4-2-3-1 já manjando tudo.
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Comentado em 14/09/2025 02:50 Time tá na luta, vamos dar a volta, colorados!
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