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O Gre-Nal da Reconstrução: Mais do que um Jogo, um Símbolo de Superação

Por Redação FutInter em 16/10/2024 08:13

O Gre-Nal da Superação: Histórias de Resiliência após as Enchentes

O clássico Gre-Nal 443, que acontece neste sábado, é muito mais do que um jogo de futebol para os gaúchos. É um momento de união e superação, um marco na jornada de reconstrução após as devastadoras enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio. As histórias de Petterson Pedroso, funcionário do Inter, e Luis Fernando Cardoso, conhecido como Fernandão, chefe de segurança do Grêmio, refletem a força e a resiliência do povo gaúcho, que mesmo diante da tragédia, se levanta e busca recomeçar.

O Impacto das Enchentes: Do Beira-Rio à Casa de Petterson

A força da natureza atingiu Petterson e sua casa em Eldorado do Sul, deixando-o sem nada. "Minhas três paixões, minha família, minha casa e o Inter (foram atingidos). Perdi tudo. No serviço também aconteceu essa fatalidade, que a gente reconstruiu tudo de novo", desabafou Petterson, que dedicou horas extras para que o Beira-Rio estivesse pronto para receber os torcedores colorados.

Mesmo com a dor da perda, Petterson encontrou forças para se dedicar à reconstrução do estádio. Ele foi um dos 114 funcionários que trabalharam incansavelmente para que o Beira-Rio voltasse a receber os jogos. "Me arrepiei todinho. Mais de 35 mil torcedores batendo palma. Uma coisa muito emocionante. Muito emocionante mesmo. Eu tenho a plaquinha ao lado da minha cama. Todo dia quando eu vou dormir eu olho para a placa", contou Petterson, emocionado com a homenagem que recebeu dos torcedores.

Fernandão: A Força do Segurança que Enfrentou a Natureza

A casa de Fernandão em Canoas também foi devastada pelas enchentes. "Foi instinto, acho. De sair antes do que acontecesse. A imagem de chegar em casa é como se alguém tivesse pegado tudo o que tinha dentro da casa e revirado. Estava a sala na cozinha, a cozinha na sala, estava tudo trocado. Como se alguém tivesse entrado lá e tivesse feito uma mudança", descreveu Fernandão, que se refugiou na casa do filho e voltou para sua casa apenas um mês depois da tragédia.

Com 24 anos de serviços prestados ao Grêmio, Fernandão é conhecido por sua presença imponente e por garantir a segurança dos jogadores. Mas, mesmo diante de tantas adversidades, ele reconhece que a força da natureza é incontrolável. "Tem coisas que não tem o que fazer. As coisas da natureza, nós temos que olhar, rezar e tentar ajudar quem precisa", ponderou.

O Gre-Nal como Símbolo de Esperança

O Gre-Nal 443 é um momento importante para os gaúchos, um símbolo de união e esperança. O jogo representa a força do povo gaúcho, que se levanta mesmo diante das maiores dificuldades. Para Fernandão, o clássico é uma oportunidade para que todos possam vivenciar um momento de normalidade. "Eu acho que vai ser bacana. Espero que tudo se transcorra da melhor maneira possível. Que não tenha nenhuma adversidade. Que só tenha jogo", desejou.

As histórias de Petterson e Fernandão nos mostram que a superação é possível mesmo em meio à dor. O Gre-Nal 443, além de um clássico de futebol, é um marco na jornada de reconstrução do Rio Grande do Sul. É uma homenagem à resiliência do povo gaúcho, que continua lutado por um futuro melhor.

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