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D'Alessandro Expõe Limitações Financeiras do Inter e Confronta Detratores

Por Redação FutInter em 01/08/2025 17:21

A figura de D'Alessandro, sempre proeminente nos microfones como atleta, mantém sua eloquência inalterada na função de diretor esportivo do Internacional. Em uma recente ocasião, aproveitando a apresentação do reforço Alan Rodríguez, o ídolo colorado proferiu um discurso extenso e carregado de desabafo. Durante sua fala, abordou a complexa situação financeira do clube, o empenho contínuo para qualificar o elenco sob tais restrições, o momento atual da equipe e seu evidente desconforto com setores da imprensa, os quais, em sua percepção, almejam sua saída da diretoria.

Antes que o jogador uruguaio iniciasse sua coletiva, D'Alessandro dedicou exatos nove minutos e vinte segundos para expressar suas considerações. O dirigente demonstrou insatisfação com as críticas direcionadas a uma suposta lentidão do clube em suas movimentações no mercado de transferências, especialmente no que tange à reposição da ausência de Fernando, que sofreu uma lesão no joelho direito. A oficialização de Alan Rodríguez, por exemplo, ocorreu apenas após o encerramento do prazo de inscrição para as oitavas de final da Copa do Brasil, fato que intensificou o questionamento público.

Realidade Econômica e Estratégia de Mercado

D'Alessandro fez questão de sublinhar que o Sport Club Internacional não dispõe do mesmo poderio econômico que agremiações consideradas potências no cenário nacional. Embora não tenha nomeado especificamente clubes como Flamengo, Palmeiras e Botafogo, a referência às equipes com alto poder de investimento foi clara, contrastando com a realidade financeira colorada.

Não temos o poder financeiro para fazer loucuras e competir com potências e equipes que contratam com valores absurdos. Já falamos isso, até o nosso presidente. Não temos esta força e procuramos outras armas e caminhos. Buscamos ferramentas para convencer os atletas a jogarem no Inter

A declaração do diretor reflete a busca por alternativas estratégicas no processo de contratação. Ele enfatizou que, diante da impossibilidade de competir financeiramente com determinados concorrentes, a diretoria se vê compelida a explorar outras vias para atrair talentos. Essas abordagens, segundo D'Alessandro , demandam um tempo maior para se concretizarem, diferentemente de transações onde o poder aquisitivo acelera o processo.

Se economicamente não conseguimos brigar com alguns clubes, temos que buscar outros caminhos. E esses caminhos demoram. Se tenho o dinheiro, em dois ou três dias consigo trazer

A Defesa do Meio-Campo e a Questão Fernando

Ainda em seu pronunciamento, D'Alessandro abordou a relevância do volante Fernando , mas também utilizou a situação do atleta para rebater as críticas. O ex-jogador ironizou a percepção de que o meio-campo do Internacional havia sido rotulado como um "asilo" em determinado momento, em referência à idade de alguns jogadores experientes. Ele garantiu que as peças incorporadas ao elenco preenchem as lacunas identificadas por Roger Machado e sua comissão técnica.

Muito se falou do Fernando, eu lembrei agora, mas preciso voltar. Há 3 ou 4 meses falavam que o meio era um asilo, não falavam? Pelos identificados, pela imprensa, que a somatória de 3 ou 4 dava 120 anos. Hoje só se fala do Fernando. Repito, craque. Infelizmente machucou. E a gente precisa buscar solução.

Mensagem aos Críticos e Apelo à Torcida

A parte final da manifestação de D'Alessandro foi dedicada a responder àqueles que, segundo ele, o atacam pessoalmente. Sem apontar nomes específicos, o diretor esportivo afirmou que as críticas recebidas não se referem ao trabalho que vem desenvolvendo no Centro de Treinamentos Parque Gigante. Apesar de reconhecer que o Internacional atravessa um novo período de instabilidade, D'Alessandro fez um apelo veemente para que a torcida mantenha o apoio e a parceria com o time.

Entendo que muitas mensagens têm endereço a mim, que é pessoal. Podem seguir falando.

O diretor admitiu falhas da gestão, mas assegurou o compromisso com a melhoria contínua, sempre visando o benefício do clube e não de interesses individuais. Sua solicitação à torcida foi para que não se deixem influenciar por narrativas externas, que permaneçam ao lado do time, cobrando quando necessário, mas, acima de tudo, acompanhando e incentivando. D'Alessandro reforçou a dependência da equipe em relação ao apoio da arquibancada, prometendo empenho máximo para superar os desafios.

Erramos, não escondemos e tentaremos melhorar. Buscamos o melhor ao clube, não ao D?Alessandro. A torcida que não se contamine. Que fique conosco, nos cobre no momento necessário, como fez, mas que acompanhe. O time precisa da torcida. Faremos de tudo para melhorar.

Após a coletiva, D'Alessandro foi indagado pelos jornalistas presentes sobre a quem se referia em suas críticas. Ele afirmou que "querem derrubar Roger e ele", o que gerou especulações, uma vez que o jornalista Juan Pablo Méndez, do Olé, havia abordado a possibilidade de saída da dupla. Contudo, o dirigente fez questão de rechaçar que suas falas fossem direcionadas ao compatriota, utilizando a expressão "se serviu o chapéu" antes de se retirar do local.

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