Como o Internacional vai pagar o Racing por Carbonero: Detalhes do acordo

O desfecho da temporada de 2025 trouxe uma confirmação esperada pelos bastidores do Beira-Rio: a permanência definitiva de Carbonero. O Internacional oficializou o exercício da cláusula de compra junto ao Racing, da Argentina, assegurando o atacante para os próximos anos. O investimento total gira em torno de 4 milhões de dólares, o que representa aproximadamente R$ 22 milhões na cotação atual, valor que será quitado de forma escalonada pela gestão colorada.

Dentro de campo, o colombiano justificou o esforço financeiro. Em um ano de oscilações coletivas, o camisa 7 foi peça fundamental para garantir a estabilidade da equipe na tabela. Sua última participação direta foi o gol que selou a vitória por 3 a 1 diante do Bragantino, encerrando o ciclo de 2025 com bons números individuais. Abaixo, detalhamos o desempenho do atleta no último ano:

Cronograma de pagamento e a engenharia financeira colorada

Para viabilizar a manutenção do jogador de 25 anos, o Internacional estruturou um plano de pagamento que se estende até 2028. O acordo prevê o desembolso de seis parcelas semestrais, cada uma avaliada em 600 mil dólares (cerca de R$ 3,35 milhões). Essa fragmentação visa diminuir o impacto imediato no fluxo de caixa do clube, permitindo que a diretoria mantenha o fôlego financeiro para outras movimentações de mercado.

Um ponto que gerou questionamentos entre os torcedores foi a diferença de 400 mil dólares para completar o valor total da negociação. Esse montante residual foi abatido a partir das taxas já pagas durante o período de empréstimo do atleta. Embora a operação esteja desenhada, a relação com o clube de Avellaneda não é isenta de atritos, visto que os atrasos anteriores geraram desconforto na cúpula argentina.

O Racing chegou a levar o caso à FIFA para cobrar valores que não haviam sido depositados nos prazos estipulados. A diretoria gaúcha, por sua vez, reconheceu o débito e se comprometeu publicamente a regularizar as pendências. Esse cenário de cobranças externas não se restringe aos argentinos, evidenciando um desafio de gestão que o clube precisa enfrentar para manter sua credibilidade no mercado sul-americano.

O histórico de cobranças e a situação na FIFA

A postura do Internacional no mercado tem sido monitorada de perto por outras instituições. Além do Racing, o Flamengo também manifestou insatisfação devido a atrasos nas parcelas referentes à aquisição do volante Thiago Maia. Outro clube que demonstrou incômodo foi o Lanús, reforçando um padrão de dificuldades financeiras que culminou, recentemente, em um transfer ban imposto pela FIFA.

Apesar do impedimento temporário de registrar novos atletas, o Colorado conseguiu solucionar a pendência imediata e está novamente liberado para atuar no mercado de transferências. A regularização era um passo fundamental para garantir que a compra de Carbonero fosse efetivada sem novos entraves jurídicos, permitindo que o planejamento para 2026 siga sem as amarras das punições desportivas.

A aposta em Carbonero é vista como um movimento estratégico de alto potencial de retorno. O atacante tem sido presença frequente nas convocações da seleção da Colômbia e a expectativa interna é que ele integre o grupo que disputará a próxima Copa do Mundo. Caso essa projeção se confirme, a valorização do camisa 7 no mercado internacional poderá render uma venda futura capaz de cobrir com sobras o investimento atual.

Expectativa de valorização e retorno técnico

A diretoria entende que o esforço para manter o atacante é necessário devido à escassez de jogadores com sua característica de velocidade e drible no elenco. A confiança na evolução do atleta é plena, e sua performance em 38 jogos durante o ano de 2025 mostrou que ele pode ser o diferencial técnico que o time necessita para ambições maiores na próxima temporada.

Além da questão financeira, a permanência de Carbonero traz estabilidade ao setor ofensivo. Enquanto o clube busca o retorno de outros nomes experientes, como Fernando, a manutenção de jovens com potencial de revenda torna-se o pilar da sustentabilidade do projeto esportivo. O desafio agora reside em cumprir rigorosamente o cronograma de parcelas para evitar que novos processos na FIFA desgastem a imagem da instituição.