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Atuações do Internacional: O Veredito Cruel da Estreia de Abel Braga
Por Redação FutInter em 03/12/2025 22:12
O recente confronto entre Internacional e São Paulo, válido pelo Campeonato Brasileiro, marcou a reestreia do técnico Abel Braga no comando da equipe colorada. Contudo, o que se desenhou em campo foi um cenário desolador, culminando em um resultado amplamente insatisfatório. A performance coletiva, em sua totalidade, ficou muito abaixo do esperado, com raras exceções que pudessem mitigar o fracasso.
A expectativa em torno do retorno de Abel, um nome de peso na história do clube, foi rapidamente substituída por uma constatação preocupante. A equipe apresentou uma série de deficiências que se manifestaram desde os primeiros minutos, evidenciando a complexidade do desafio que o treinador terá pela frente para reorganizar o elenco.
É inegável que a partida expôs fragilidades em todos os setores, desde a retaguarda até o ataque. A falta de sincronia, a dificuldade na marcação e a ausência de criatividade ofensiva foram elementos que pautaram a atuação colorada, deixando a torcida com um gosto amargo.
A Falha Tática e a Desorganização Defensiva
A aposta tática de Abel Braga, que ensaiou um esquema com três zagueiros (3-6-1), não conseguiu se consolidar em campo. O planejamento estratégico se desfez com o andamento da partida, refletindo uma notável desorganização que parece permear o cenário atual do clube. O próprio treinador, que certamente não merecia vivenciar tal constrangimento, viu sua equipe sucumbir na Vila Belimiro sob um sistema defensivo convidativo.
Individualmente, a linha defensiva e o goleiro contribuíram diretamente para a derrota. Rochet, o arqueiro colorado, teve uma noite desafiadora. Sua hesitação na cobrança de falta de Ferreira abriu caminho para o gol de Sabino. Embora tenha conseguido uma defesa em um chute de Tapia pouco depois, foi superado por Luciano no terceiro tento adversário, sendo encoberto em um lance crucial.
Os zagueiros também não estiveram em um bom dia. Vitão não conseguiu subir para impedir o cabeceio de Sabino, que inaugurou o placar, nem interceptou o cruzamento que resultou no terceiro gol de Luciano. Gabriel Mercado, por sua vez, falhou ao permitir que Luciano surgisse desmarcado em suas costas para encobrir Rochet , uma falha de posicionamento que custou caro.
A presença de Juninho no onze inicial, uma surpresa na escalação de Abel, foi marcada por dificuldades. Ele não conseguiu fechar os espaços de forma eficaz, foi constantemente cobrado por Mercado por suas falhas e, em um corte equivocado, desviou a bola no lance que resultou no segundo gol do São Paulo, complicando ainda mais a situação da equipe.
Meio-Campo sem Conexão e Ataque Sem Efetividade
O setor de meio-campo também enfrentou enormes desafios para criar e conter as investidas adversárias. Thiago Maia, por exemplo, em menos de dez minutos, já havia cedido dois contra-ataques perigosos, quase marcado um gol contra a própria meta e sofrido um drible desconcertante. Sua falha em cobrir Sabino permitiu o gol de cabeça do zagueiro adversário, evidenciando uma falta de atenção crucial.
A confiança depositada por Abel em Aguirre não se traduziu em desempenho. O jogador marcou pouco e sua tentativa de chute resultou em uma bola que saiu pela linha de fundo, na bandeira de escanteio, demonstrando a ineficácia ofensiva e a pouca contribuição defensiva. Bruno Gomes, em meio à desorganização geral, foi um dos poucos que se destacaram minimamente, mas sua contribuição para o coletivo foi limitada, sem agregar o suficiente para mudar o panorama do jogo.
Alan Rodríguez, por sua vez, demonstrou muita movimentação por todo o campo, mas sem conseguir efetivar a marcação nem a construção de jogadas. Sua frustração era visível, chegando a confrontar Juninho na saída para o intervalo. Richard, que conversou extensivamente com Abel enquanto estava no banco, entrou com a missão de conferir maior solidez a um sistema defensivo que se mostrava bastante vulnerável, mas não conseguiu reverter a situação.
No ataque, a situação não foi diferente. Alan Patrick teve participação discreta, com um único chute no primeiro tempo que passou longe do alvo. Após o intervalo, sua única aparição notável foi uma tentativa frustrada de falta perto da linha de fundo. Vitinho, atuando como o jogador mais avançado, foi quase um mero espectador da partida. Quando a bola chegou a seus pés, pouco conseguiu produzir, sem conseguir finalizar ou criar oportunidades. Borré, que no primeiro tempo tentou auxiliar a equipe orientando os colegas, não conseguiu gerar qualquer impacto significativo na dinâmica do jogo após sua entrada.
Os jogadores que entraram no decorrer da partida, como Ricardo Mathias, tiveram pouquíssimo contato com a bola, já que o placar estava consolidado. Bernabéi, no entanto, quase marcou no primeiro tempo, com a defesa adversária salvando em cima da linha, e no segundo, exigiu uma grande defesa do goleiro Rafael, sendo um dos poucos a levar perigo real. Bruno Henrique e Bruno Tabata entraram na reta final do confronto, sem tempo hábil para terem suas atuações avaliadas de forma justa.
Notas dos Atletas e Treinador
A seguir, apresentamos a avaliação individual dos jogadores e do técnico Abel Braga, baseada nas notas atribuídas pela imprensa especializada e pelo público, refletindo o desempenho na partida contra o São Paulo:
| Posição | Jogador | Nota GE | Nota Público | Observações da Partida |
|---|---|---|---|---|
| GOL | Rochet | 2.5 | 2.5 | Hesitou em cobrança de falta, superado em gol. |
| ZAG | Vitão | 3.0 | 3.0 | Não impediu cabeceio de Sabino nem cortou cruzamento. |
| ZAG | Mercado | 3.5 | 3.5 | Deixou Luciano aparecer às costas para encobrir Rochet. |
| ZAG | Juninho | 3.0 | 3.0 | Surpresa na escalação, não fechou espaços, corte errado. |
| LAT | Aguirre | 3.0 | 3.0 | Pouco marcou, chute sem direção. |
| MEI | Thiago Maia | 2.5 | 2.5 | Cedeu contra-ataques, falha no gol de Sabino. |
| MEI | Bruno Gomes | 4.0 | 4.0 | Dos menos piores, mas pouco agregou. |
| MEI | Alan Rodríguez | 3.5 | 3.5 | Correu muito, mas sem marcação ou armação. |
| MEI | Alan Patrick | 2.5 | 2.5 | Pouco participativo, chute longe do gol. |
| ATA | Borré | 3.5 | 3.5 | Tentou orientar, mas sem impacto ao entrar. |
| ATA | Vitinho | 3.5 | 3.5 | Homem mais adiantado, quase um espectador. |
| ATA | Ricardo Mathias | 4.0 | 4.0 | Entrou com jogo definido, pouco tocou na bola. |
| LAT | Bernabéi | 4.0 | 4.0 | Quase marcou, exigiu grande defesa de Rafael. |
| MEI | Richard | 3.5 | 3.5 | Entrou para tentar dar solidez defensiva. |
| MEI | Bruno Henrique | -- | -- | Entrou na reta final, sem nota. |
| MEI | Bruno Tabata | -- | -- | Entrou na reta final, sem nota. |
| TEC | Abel Braga | 3.5 | 3.5 | A tentativa de 3-6-1 ruiu, como tudo que ocorre no Inter. |
A performance geral do Internacional nesta partida inaugural sob o comando de Abel Braga serve como um alerta. A necessidade de ajustes táticos e de uma melhora significativa no desempenho individual é evidente, se o clube almeja reverter o quadro e buscar melhores resultados na sequência do Campeonato Brasileiro.
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