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Ataques à Imprensa no Beira-Rio: O Lado Sombrio da Noite Colorada
Por Redação FutInter em 21/08/2025 14:11
A atmosfera de frustração que pairava sobre o Estádio Beira-Rio na última quarta-feira, após a eliminação do Sport Club Internacional da Conmebol Libertadores frente ao Flamengo, transcendeu os limites do campo e se materializou em lamentáveis atos de violência. Profissionais da imprensa, que ali exerciam sua função de informar, tornaram-se alvos de agressões por parte de torcedores colorados, em um cenário que choca e exige profunda reflexão.
Registros visuais, amplamente difundidos em plataformas digitais, evidenciam a barbárie: equipamentos de trabalho sendo danificados e cabos arrancados por indivíduos que deveriam, antes de tudo, respeitar o livre exercício do jornalismo. As vítimas primárias desses incidentes foram membros do "Canal do Baldasso". Durante sua transmissão ao vivo, a partir da tribuna de imprensa, os comunicadores relataram em tempo real os ataques que sofriam.
Ataques Inadmissíveis: A Segurança da Imprensa em Jogo
Em resposta à gravidade dos acontecimentos, o Sport Club Internacional manifestou seu posicionamento. O clube assegurou que está ?trabalhando na identificação dos torcedores e adotará as medidas éticas e legais aos responsáveis?. Além disso, houve contato direto com os representantes do "Canal do Baldasso", com a promessa de auxílio às autoridades no processo de identificação dos agressores e no subsequente registro de ocorrência policial.
A Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (ACEG), por sua vez, não tardou a se manifestar. Em um comunicado contundente, a entidade classificou os episódios não apenas como um ataque individual, mas como um ?crime contra a liberdade de expressão, contra o exercício profissional e contra os princípios democráticos?. A veemência da nota sublinha a seriedade com que a imprensa organizada encara tais atos.
A Voz da Indignação: A Posição Firme da ACEG
A integralidade da nota oficial da ACEG reforça a urgência e a gravidade da situação. A entidade detalhou os incidentes, confirmando que as agressões não se limitaram à tribuna de imprensa, mas também ocorreram no pátio do estádio, onde um repórter da "Rádio Real News" foi igualmente vítima de violência. A declaração da ACEG é um alerta inegociável:
?A Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (ACEG) repudia de forma enfática e inegociável os episódios de agressão registrados nessa quarta-feira, 20 de agosto, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, ao final da partida entre Internacional e Flamengo, válida pela Copa Libertadores da América.
Profissionais da imprensa foram covardemente atacados enquanto exerciam sua função. Integrantes do Canal do Baldasso, na TRIBUNA DE IMPRENSA, foram agredidos por torcedores localizados em cadeiras próximas ao setor destinado à cobertura jornalística. Da mesma forma, o repórter da Rádio Real News foi alvo de violência no pátio do estádio.
A ACEG afirma, sem rodeios: qualquer agressão a jornalistas é crime contra a liberdade de expressão, contra o exercício profissional e contra os princípios democráticos. Não há tolerância. Não há relativização.
Diante da gravidade dos fatos, a ACEG requer que o Sport Club Internacional identifique imediatamente os responsáveis e colabore para que sejam responsabilizados pelas autoridades competentes. Mais do que punição, é necessário garantir que tais ataques não se repitam, preservando a integridade de todos os cronistas esportivos em futuras coberturas.
Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos ? ACEG?
Este lamentável episódio no Beira-Rio serve como um sombrio lembrete da responsabilidade de todos os envolvidos no esporte ? clubes, torcedores e autoridades ? em garantir um ambiente seguro e respeitoso para o trabalho da imprensa. A identificação e punição dos agressores são passos cruciais não apenas para a justiça, mas para reafirmar o valor inegociável da liberdade de expressão e do exercício profissional em nossa sociedade.
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