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Walter quebra o silêncio: medalha do Inter, Manchester e a batalha contra o peso

Por Redação FutInter em 10/07/2025 18:03

Walter, atacante de talento singular e trajetória sinuosa, recentemente revisitou aspectos marcantes de sua carreira em uma entrevista reveladora. Conhecido por sua passagem vitoriosa pelo Internacional, onde contribuiu para as conquistas da Copa Sul-Americana em 2008 e da Copa Libertadores em 2010, o jogador trouxe à tona uma questão pendente que ecoa desde o período áureo no Colorado.

Apesar de ter sido parte integrante do elenco campeão da Libertadores de 2010, Walter surpreendeu ao revelar que, até hoje, não possui a medalha referente a esse título de prestígio. Sua participação foi significativa, abrangendo oito confrontos antes de sua transferência para o Porto, uma negociação que ocorreu antes das semifinais do torneio. O atleta enfatizou seu papel ofensivo naquele percurso.

Ele mesmo relembrou o episódio com certa mágoa:

Eu participei de oito jogos daquela Libertadores, mas fui negociado com o Porto antes das semifinais. Mas marquei gols em vários jogos e mesmo assim não recebi a medalha.

A Controvérsia da Medalha Colorada e um Legado Questionado

A trajetória de Walter é pontuada por momentos de brilho e desafios notórios, incluindo passagens por clubes como Fluminense, Athletico Paranaense, Atlético Goianiense e Paysandu. Contudo, uma revelação em particular lança luz sobre o patamar que sua carreira poderia ter alcançado: a iminência de uma transferência para o futebol inglês em 2009.

O próprio jogador confirmou que gigantes europeus estavam de olho em seu potencial:

Antes de machucar em 2009, o Manchester estava atrás de mim. Nessa época chegou uma proposta do Manchester e do Arsenal, por tudo o que fiz na seleção Sub-20.

O Sonho Europeu Desfeito e os Primeiros Sinais de Desafios

A narrativa de Walter é intrinsecamente ligada à sua batalha contra a balança, um obstáculo que se tornou uma marca registrada em sua jornada. Ele abordou abertamente o período em que o consumo excessivo de alimentos, especialmente guloseimas, tornou-se um refúgio e, posteriormente, um problema.

O atacante fez uma confissão íntima sobre seus hábitos alimentares, que se tornaram descontrolados após anos de privação:

Eu era fã de bolacha recheada. No passado não tinha condição de comprar lanche e levar para a escola, então eu comprava em excesso. Quando tive condições, eu passei do limite.

Essa transição de escassez para o excesso marcou o início de uma complexa relação com a comida.

A questão do peso se agravou em Portugal, durante sua passagem pelo Porto. A rotina de apenas um treino diário, aliada à ausência de acompanhamento adequado, criou um ambiente propício para o descontrole:

No Porto era só um treino por dia e eu apenas treinava, comia e dormia. Outro ponto que me atrapalhou foi não ter a ajuda de ninguém e, quando começaram a cobrar, eu saía. Eu fugia dessa cobrança.

Essa declaração de Walter evidencia a falta de estrutura e o isolamento como fatores cruciais para o agravamento de sua condição física.

A Luta Contra a Balança: Reflexões e Responsabilidade Pessoal

Apesar de apontar a falta de apoio externo, Walter demonstra uma notável autocrítica, assumindo a responsabilidade por grande parte de seus percalços. Ele reconhece que, mesmo com as ofertas de projetos estruturados por diversos clubes, sua mentalidade focada apenas no ato de jogar e fazer gols o impediu de abraçar uma abordagem mais profissional.

O atacante foi categórico em sua avaliação:

O que me atrapalhou muito na carreira é que não tive ninguém e meio que me largaram ali. Mesmo com isso, precisa ficar claro que tudo o que eu passei foi erro meu, porque todos os clubes ofereceram um projeto, só que eu não queria. Meu desejo era entrar e fazer gol, mas não podia. No futebol tem o profissional e o jogador, eu era apenas o jogador.

Com essa fala, Walter traça uma distinção crucial entre o atleta e o profissional completo.

Em sua fase atual, Walter expressa gratidão ao Tupi, equipe que lhe ofereceu uma nova chance. Atualmente com 92 quilos, resultado de um esforço significativo para recuperar a forma física, o jogador também busca apoio psicológico, reconhecendo a importância do bem-estar mental para o desempenho e a vida:

Sou muito grato ao Tupi, porque abriu as portas para voltar a jogar e acreditou no projeto. Hoje eu consigo atuar, porque emagreci e estou com 92 quilos. Hoje eu tenho um profissional de psicologia, para cuidar da minha cabeça, porque eu preciso.

Essas palavras finais evidenciam um processo de amadurecimento e resiliência por parte do jogador.

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Juliana

Juliana

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Comentado em 10/07/2025 22:20 Se faltou medalha, falta não ao Walter no nosso coração, mlk é ídolo, slk!
Tiago

Tiago

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Comentado em 10/07/2025 20:11 Walter sempre foi brabo, merece respeito!
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