Pezzolano define comissão técnica do Inter e explica escolha pelo clube

A nova era técnica no Beira-Rio começa a ganhar contornos definitivos sob a batuta de Paulo Pezzolano. O treinador uruguaio, que preza por uma estrutura de trabalho oxigenada e moderna, detalhou os nomes que o acompanharão no desafio de reconduzir o Internacional ao protagonismo. Entre as escolhas, chama a atenção a mescla entre a vivência de ex-atletas e uma juventude que desafia os padrões convencionais do futebol brasileiro.

A decisão de Pezzolano pelo projeto colorado não ocorreu por falta de alternativas no mercado global. O comandante revelou ter sido procurado por agremiações da Europa, com sondagens vindas da Espanha, França e Rússia. Entretanto, o peso institucional do Inter e a clareza do planejamento apresentado pela gestão de Alessandro Barcellos, com o suporte de Abel Braga, foram determinantes para o seu retorno ao Brasil.

Sobre as motivações que o trouxeram a Porto Alegre, Pezzolano foi enfático ao descrever a grandeza do clube e a sinergia interna que encontrou: ?O Inter é um clube gigante. Sabemos o que é representa internacionalmente. O presidente (Alessandro Barcellos) e Abel Braga, que vai estar junto na parte desportiva, me ligaram. Vai ser um ano de transição e vamos armar tudo bem para catapultar o Inter de volta a seu lugar, que é no topo da tabela. Quando fui conhecer tudo internamente, vi que estava tudo alinhado, sabendo o que querem. Isso favorece muito?.

A estrutura da comissão técnica de Pezzolano no Internacional

O corpo técnico que dará suporte ao treinador em 2026 já está devidamente montado. A equipe conta com profissionais de diferentes áreas, todos sob a supervisão de um coordenador técnico que filtra as demandas cotidianas para o treinador. Abaixo, detalhamos os integrantes confirmados pelo novo comandante colorado:

Pezzolano fez questão de oficializar publicamente quem são seus braços direitos nesta jornada: ?Eu aproveito para dizer quem vou levar de assistente técnico. Vai vir comigo o Coco (Esteban) Conde e Mauro Jarodich. Vão ser meus dois assistentes, o Mauro tem 24 anos, mas não me assusta a idade, o que eu quero é conhecimento. Depois vou com o professor Gonzalo Álvarez, preparador físico, o Matias Filippini é meu coordenador técnico, ele carrega todos os detalhes para que não chegue todos os problemas a mim. Depois eu tenho o Manuel Ramos, que é meu analista?.

Juventude e ambição como critérios de seleção

Um dos pontos que mais gera debate entre os torcedores e analistas é a presença de Mauro Jarodich, de apenas 24 anos, no cargo de auxiliar. Para Pezzolano, a pouca idade não é um obstáculo, mas sim um reflexo de sua filosofia de trabalho. O treinador busca profissionais que não apenas executem tarefas, mas que tenham o desejo latente de se tornarem técnicos no futuro, garantindo um ambiente de constante questionamento e inovação.

Essa metodologia de cercar-se de talentos precoces e ambiciosos é uma marca registrada de sua carreira. Ele acredita que o confronto de ideias é essencial para o crescimento do trabalho de campo. O uruguaio explicou o que exige de quem trabalha ao seu lado na beira do gramado.

?É o que eu busco primeiro quando o vou conhecer, se querem ser técnico. Se não querem ser primeiro, não vão estar comigo. Eu preciso de uma pessoa ambiciosa ao lado e que saiba mais do que eu, que me abra a cabeça, que me traga coisas novas?, pontuou o técnico, reforçando que a competência técnica deve sempre prevalecer sobre o tempo de estrada no futebol.

Com a comissão definida e o discurso de transição alinhado com a diretoria, o Internacional inicia um ciclo que promete ser de reestruturação profunda. A presença de nomes como Esteban Conde, com vasta experiência de vestiário, aliada à juventude de Jarodich, indica que Pezzolano terá as ferramentas que considera ideais para tentar cumprir a promessa de devolver o Colorado ao topo da tabela nacional.