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Inter x Vasco: Estatísticas Chocantes e o Jogo da Virada na Série A
Por Redação FutInter em 25/11/2025 20:22
A insatisfação popular ecoou recentemente nas dependências do Vasco da Gama, com um torcedor expressando seu descontentamento em meio a um protesto. A observação irônica, "Estou sentindo falta do Léo Pelé e do Maicon", revela um cenário de apreensão e uma busca por referências que, aparentemente, não se encontram no elenco atual. Tal desabafo sublinha a pressão que recai sobre o clube carioca, especialmente em um momento tão delicado da competição.
Contrastando com a atmosfera de desânimo, o Internacional chega ao Rio de Janeiro com um retrospecto recente favorável. O Colorado conquistou as últimas três vitórias atuando fora de seus domínios na Série A contra o Vasco, um feito notável que subverte uma hegemonia histórica do clube cruzmaltino. Desde 2006, os embates com mando vascaíno registravam um equilíbrio absoluto, com cinco triunfos para cada lado e três empates, um cenário que agora pende para o lado gaúcho.
Ao observar os padrões táticos, percebe-se uma mudança na forma como o Vasco constrói seus gols. Sete dos seus dez últimos tentos foram originados por meio de trocas de passes rasteiros, um contraste com um período anterior em que seis de sete gols vinham de jogadas aéreas. Por outro lado, o Internacional demonstra uma vulnerabilidade aérea preocupante: excluindo o confronto contra o Santos, 11 dos últimos 15 gols sofridos pela equipe colorada tiveram origem em bolas alçadas na área.
O ataque colorado, por sua vez, exibe uma preferência clara por jogadas construídas pelo chão, com 16 dos últimos 20 gols sendo resultado de passes rasteiros. Essa abordagem, no entanto, pode encontrar resistência no sistema defensivo do Vasco, que se mostra resiliente contra esse tipo de investida, tendo sofrido apenas três dos últimos 14 gols por meio de trocas de passes pelo gramado.
Padrões Táticos: A Batalha entre o Chão e o Ar
Analisando o desempenho no returno do campeonato, o Vasco, como mandante, figura entre as equipes com a quinta pior campanha, acumulando três vitórias, um empate e três derrotas, o que representa um aproveitamento de 48%. Curiosamente, seu ataque em casa é o quinto melhor, com 13 gols marcados (média de 1,86 por partida), mas sua defesa é a terceira mais vazada, também com 13 gols sofridos (média de 1,86). Além disso, a equipe carioca não conseguiu manter sua meta invicta em apenas dois dos sete jogos disputados em seus domínios (29%), posicionando-se como a quinta pior defesa caseira neste quesito no segundo turno.
O Internacional , quando atua longe de Porto Alegre, apresenta uma performance igualmente preocupante no returno. O clube gaúcho ostenta a quinta pior campanha como visitante, com apenas uma vitória, um empate e cinco derrotas, resultando num aproveitamento de apenas 19%. Seu setor ofensivo é o 13º mais eficaz, com seis gols anotados (média de 0,86), e sua defesa figura como a 14ª mais vulnerável, com 13 gols sofridos (média de 1,86). Um dado alarmante é que o Inter foi vazado em todas as partidas que disputou como visitante no segundo turno.
Desempenho no Returno: Mandantes e Visitantes
A seguir, um comparativo do desempenho de Vasco e Internacional no segundo turno do Campeonato Brasileiro, evidenciando suas respectivas fragilidades e pontos fortes:
| Critério | Vasco (Mandante) | Internacional (Visitante) |
|---|---|---|
| Campanha (Returno) | 5ª Pior (3 V, 1 E, 3 D, 48%) | 5ª Pior (1 V, 1 E, 5 D, 19%) |
| Ataque | 5º Melhor (13 gols, 1,86/jogo) | 13º (6 gols, 0,86/jogo) |
| Defesa | 3ª Pior (13 gols sofridos, 1,86/jogo) | 14ª (13 gols sofridos, 1,86/jogo) |
| Jogos sem sofrer gol | 2 de 7 (29%) | 0 de 7 (0%) |
No que tange à efetividade ofensiva, o Vasco demonstra ser o terceiro mais eficiente entre os mandantes na segunda metade da competição, necessitando de apenas 7,5 finalizações para converter um gol. A equipe carioca registra uma média de 14,0 conclusões por partida, ocupando a 12ª posição nesse quesito. Em contraste, o Internacional , atuando como visitante, figura com a 12ª maior média de finalizações sofridas (15,0 por jogo) e uma 14ª resistência defensiva, cedendo um gol a cada 8,8 tentativas adversárias.
O ataque do Internacional , como visitante, apresenta a terceira menor média de finalizações, com apenas 8,0 tentativas por jogo. Apesar disso, sua eficiência ofensiva é a oitava melhor, com um gol a cada 9,3 arremates. Por outro lado, a defesa do Vasco, jogando em casa no returno, exibe a terceira menor resistência defensiva, permitindo um gol a cada 6,4 finalizações dos oponentes. A média de finalizações sofridas por partida é de 11,9, o que representa a terceira pior marca para a equipe cruzmaltina.
Eficiência e Vulnerabilidade: O Duelo das Finalizações
As projeções de resultados apresentadas são fruto de uma metodologia rigorosa, desenvolvida pelo economista Bruno Imaizumi. Tais cálculos são baseados na aplicação de modelos estatísticos complexos sobre um vasto conjunto de microdados, coletados desde 2013 pela renomada equipe do Gato Mestre. Este grupo é composto por uma diversidade de profissionais, incluindo jornalistas, cientistas de dados e programadores, garantindo a profundidade e a precisão das análises estatísticas que fundamentam essas observações.
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