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Inter: Revés Colorada e a Preocupante Falha da Defesa em Derrota Crucial
Por Redação FutInter em 03/08/2025 23:03
O revés do Internacional contra o São Paulo expôs de forma contundente as deficiências que têm afligido a equipe. Longe de ser um mero tropeço, o resultado ressaltou uma preocupante falta de organização, especialmente no setor defensivo, onde a vulnerabilidade em lances de bola parada se tornou um calcanhar de Aquiles evidente. O placar desfavorável reflete não apenas a superioridade do adversário em momentos-chave, mas também a incapacidade colorada de impor seu ritmo e neutralizar as investidas adversárias, culminando em uma atuação que deixou a desejar em diversos aspectos.
A partida, válida pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, evidenciou um padrão que tem se repetido: a dificuldade em proteger a própria meta, principalmente em situações que exigem concentração e posicionamento preciso. O time mostrou-se desarticulado, oferecendo espaços e permitindo que o oponente construísse suas jogadas com relativa facilidade. A incapacidade de criar oportunidades claras de gol, somada à fragilidade defensiva, desenha um cenário de preocupação para o futuro próximo da equipe.
A Persistente Vulnerabilidade na Zaga
A linha defensiva do Internacional foi um dos pontos mais críticos do confronto. Os gols sofridos, em especial o primeiro, originado de um escanteio, sublinham uma falha coletiva e individual na marcação aérea. A dupla de zaga, composta por Clayton Sampaio e Juninho, teve dificuldades significativas em conter o avanço de Arboleda, que conseguiu se sobressair para abrir o placar. Essa desatenção em lances de bola parada é um problema recorrente que exige uma correção urgente, visto que adversários de alto nível, como o São Paulo, exploram essas brechas com eficácia.
Além da falha no primeiro gol, o setor defensivo continuou a apresentar lapsos. Clayton Sampaio, por exemplo, permitiu um cabeceio de André Silva que, por sorte, foi defendido por Rochet. Juninho , por sua vez, além de não conseguir impedir o gol de Arboleda, protagonizou um passe equivocado nos acréscimos, gerando irritação na torcida. Alan Benítez, na lateral, também não conseguiu conter Bobadilla no segundo gol, contribuindo para a ampliação do placar adversário. Essas falhas individuais somadas à desorganização coletiva comprometem a solidez do sistema e expõem a equipe a riscos desnecessários.
Busca por Organização e Poder Ofensivo
No meio-campo, as tentativas de Roger Machado em buscar mais consistência e criatividade não surtiram o efeito desejado. Luis Otávio, uma das surpresas na escalação, teve uma atuação discreta no primeiro tempo e foi substituído. Richard, em sua estreia, buscou dar sustentação à defesa, mas o time não conseguiu se organizar, continuou cedendo contra-ataques e sofreu mais um gol. Thiago Maia, ao entrar, tentou iniciar jogadas e impulsionar o ataque, mas a falta de conexão e a dificuldade em romper a marcação adversária persistiram.
O ataque, por sua vez, demonstrou esforço, mas pouca efetividade. Borré, apesar de sua incansável movimentação e tentativa de auxiliar na construção, não conseguiu superar a marcação na hora de finalizar, evidenciando a carência de um poder de fogo mais incisivo. Enner Valencia teve mais uma partida sem brilho, saindo de campo sob vaias, o que reflete a insatisfação da torcida com seu desempenho recente. Wesley tentou lances individuais pela direita, e Ricardo Mathias não conseguiu alcançar um cruzamento promissor, simbolizando a dificuldade do ataque em converter as poucas oportunidades criadas.
Desempenho dos Atletas em Campo
A seguir, apresentamos a avaliação individual dos jogadores e do técnico, com base nas notas atribuídas pelo GE e pelo público:
Jogador/Técnico | Posição | Nota GE | Nota Público | Comentário |
---|---|---|---|---|
Rochet | GOL | 5.5 | 5.5 | Sem responsabilidade direta nos gols. Realizou defesas importantes que evitaram um placar ainda mais elástico. |
Alan Benítez | LAT | 4.5 | 4.5 | Teve duas finalizações defendidas por Rafael. Não pressionou Bobadilla no segundo gol. |
Clayton Sampaio | ZAG | 4.0 | 4.0 | Perdeu disputa aérea para Arboleda no gol. Permitiu cabeceio de André Silva. |
Thiago Maia | MEI | 5.5 | 5.5 | Entrou para tentar organizar o meio-campo e impulsionar o ataque. |
Mercado | ZAG | 5.5 | 5.5 | Retornou após longo período, atuou como capitão, mas errou um passe simples. Buscou o ataque no final. |
Juninho | ZAG | 4.5 | 4.5 | Não conseguiu evitar o cabeceio de Arboleda. Errou passe crucial nos acréscimos. |
Bernabéi | LAT | 5.5 | 5.5 | Mais resguardado que em jogos anteriores. Chutou para fora no segundo tempo. |
Luis Otávio | MEI | 5.0 | 5.0 | Primeiro tempo discreto, sem comprometer, foi substituído. |
Richard | MEI | 5.5 | 5.5 | Estreou buscando dar solidez, mas a equipe seguiu desorganizada. |
Alan Rodríguez | MEI | 6.0 | 6.0 | Estreante com interesse, buscou levar o time ao ataque e recuperou bolas no campo ofensivo. |
Wesley | ATA | 5.5 | 5.5 | Entrou pela direita, tentou superar a defesa em lances individuais. |
Bruno Tabata | MEI | 6.5 | 6.5 | Pediu para atuar como armador, deu o passe para Carbonero no lance do pênalti e converteu a cobrança. |
Borré | ATA | 4.5 | 4.5 | Movimentou-se, tentou ajudar na construção, mas sem sucesso nas finalizações. |
Ricardo Mathias | ATA | 5.0 | 5.0 | Recebeu cruzamento de Wesley, mas não alcançou a bola. |
Enner Valencia | ATA | 4.5 | 4.5 | Mais uma atuação sem impacto significativo, saiu vaiado. |
Carbonero | ATA | 6.5 | 6.5 | Entrou bem, deixou Alan Benítez em boa posição e sofreu o pênalti de Ferraresi. |
Roger Machado | TEC | 4.0 | 4.0 | Realizou mudanças táticas e de peças, mas o time permaneceu desorganizado e com falhas defensivas, resultando em nova derrota e questionamentos crescentes. |
A Pressão sobre a Liderança no Banco
Roger Machado, o técnico da equipe, recebeu uma das notas mais baixas da partida, tanto da crítica especializada quanto do público. Suas escolhas táticas e as alterações promovidas ao longo do jogo não se traduziram em melhoria do desempenho coletivo. Mesmo com as mudanças de esquema e de jogadores, o time não conseguiu gerar um volume ofensivo consistente e, o que é mais grave, continuou a apresentar falhas na retaguarda. A nova derrota aumenta a pressão sobre o trabalho do treinador, que vê seu método cada vez mais questionado diante dos resultados insatisfatórios e da persistente desorganização da equipe.
A necessidade de uma reavaliação profunda é evidente. O Internacional precisa encontrar soluções para suas lacunas defensivas e para a falta de criatividade no ataque. A torcida demonstra impaciência, e o momento exige respostas rápidas e eficazes por parte da comissão técnica e dos jogadores. O desafio é grande, e a capacidade de superação será crucial para reverter o cenário atual e recolocar o time nos trilhos da competitividade.
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