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Futuro de Roger Machado em Xeque: Inter Enfrenta Fluminense sob Alta Tensão na Copa do Brasil
Por Redação FutInter em 04/08/2025 01:51
O cenário no Beira-Rio, após a recente derrota por 2 a 1 para o São Paulo na 18ª rodada do Brasileirão, revela um Internacional imerso em um ambiente de profunda apreensão. Apesar das reiteradas afirmações da diretoria de que Roger Machado permanece no comando técnico, a crescente pressão nos bastidores e a insatisfatória performance em campo colocam em questão a longevidade de sua gestão, com o desfecho da semana prometendo ser decisivo para seu futuro.
A noite de domingo expôs, uma vez mais, a fragilidade tática do Colorado. Mesmo com a implementação de um novo esquema, o 5-3-2, e a rotação de alguns atletas, o desempenho da equipe manteve o padrão de inconsistência que já se tornara recorrente sob a formação 4-2-3-1. Uma defesa que cede facilmente, um meio-campo com escassa capacidade de criação e um ataque que, quando oportunizado, falha na finalização, compõem o quadro preocupante.
O clube gaúcho registrou seu terceiro jogo consecutivo sem vitórias, culminando na segunda derrota em sequência. Uma reunião de cobranças intensas ocorreu no vestiário, buscando identificar as causas da acentuada queda de rendimento e delinear soluções. Tanto a coletiva de imprensa de Roger Machado quanto a do vice de futebol, José Olavo Bisol, foram marcadas por embates e momentos de notável tensão com a imprensa.
A Postura da Direção e a Resposta aos Questionamentos
Confrontado com o crescente ceticismo, o vice-presidente José Olavo Bisol buscou reafirmar a confiança no trabalho do treinador e do elenco. "Antes que me perguntem, a comissão técnica permanece. Temos confiança no Roger e no elenco . Este mesmo grupo já demonstrou capacidade, resiliência, força e deu a volta por cima. Vivemos uma instabilidade, mas nos cabe trabalhar e terms autocritica. Esta comissão já nos deu capacidade de se reinventar", declarou Bisol, minutos após Roger Machado ter expressado sentir-se prestigiado, embora reconhecendo que a permanência de um técnico está invariavelmente atrelada aos resultados.
A madrugada seguinte à partida contra o São Paulo intensificou a atmosfera de apreensão no Beira-Rio. A insatisfação, que se manifestou nas vaias da torcida nas arquibancadas, não se estendeu para o pátio do estádio. Contudo, a coletiva de Bisol foi o epicentro da tensão. Visivelmente alterado, o dirigente confrontou os jornalistas, adotando em certos momentos um tom áspero.
O cerne do atrito residia na insistência dos repórteres por uma garantia incondicional da manutenção do trabalho do técnico, independentemente do resultado na Copa do Brasil. O Internacional se prepara para um embate decisivo contra o Fluminense na quarta-feira, necessitando de uma vitória simples para levar a decisão aos pênaltis, ou de um triunfo por dois ou mais gols de diferença para assegurar sua vaga entre os oito melhores da competição.
O Confronto Decisivo pela Copa do Brasil
Bisol refutou veementemente as especulações sobre uma reunião para discutir a continuidade do treinador: "É mentira que havia uma reunião do treinador com a diretoria discutindo a permanência do Roger. Fizemos a cobrança de todos com suas responsabilidades, de treinar, jogar e dirigir. Todos se cobraram." Ao abordar o cenário futuro, o dirigente adotou uma postura de cautela: "Evento futuro e incerto eu não trabalho com esta hipótese. Trabalho com o jogo, com a mobilização, como chegaremos lá para recuperar. Já fizemos em outros momentos e faremos no Rio."
A retórica de "evento futuro e incerto" poderia ter sido substituída por uma declaração mais direta, como "Roger permanecerá como treinador na quinta-feira", o que teria dissipado as dúvidas. Apesar de o dirigente ter tentado transmitir confiança, a credibilidade de tal discurso dependerá intrinsecamente de uma transformação perceptível em campo. A questão que se impõe é: por que o torcedor deveria acreditar?
O desempenho do Internacional tem decaído a cada partida. A eficácia de uma formação com três zagueiros é questionável quando dois deles são superados no jogo aéreo por um adversário como Arboleda. Como esperar uma classificação se a equipe perdeu os compromissos mais recentes em casa, sofrendo dois gols em ambos? A esperança reside na força do ataque? Como, se a equipe tem dificuldades para marcar sequer um gol por jogo?
A Ineficácia Ofensiva e o Grito das Arquibancadas
Borré e Valencia, projetados como as principais esperanças ofensivas, atuaram juntos no ataque, mas repetiram a performance discreta observada quando apenas um deles estava em campo. A defesa adversária não foi significativamente incomodada. O último gol de Borré de pênalti remonta à vitória sobre o Santos em 23 de julho, enquanto Valencia marcou pela última vez em 6 de abril, no triunfo gaúcho sobre o Cruzeiro. O equatoriano, em particular, deixou o campo sob intensas vaias.
A lógica do momento aponta para uma provável eliminação do Internacional . Contudo, a indignação de um grupo contestado pode, paradoxalmente, catalisar uma classificação que seria vista como surpreendente. Roger Machado possui a derradeira chance de conceber uma estratégia capaz de superar o time de Renato Gaúcho e orquestrar uma verdadeira epopeia no Maracanã.
Outrora aclamado, o técnico enfrenta uma crescente onda de contestação. Seu nome foi vaiado já no momento da escalação da equipe, e as redes sociais fervilham com apelos por sua saída. Resta observar se Roger será capaz de apresentar motivos para mitigar o descontentamento e restabelecer seu prestígio. O desfecho está unicamente em suas mãos e nas escolhas que fará.
O Internacional coloca em jogo seu futuro na Copa do Brasil e a redenção de seu treinador na noite de quarta-feira. O confronto com o Fluminense está marcado para as 21h30, no Maracanã.
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