Flamengo: Eficácia Questionada Deixa Inter Sonhar na Libertadores

Apesar do triunfo inicial sobre o Internacional na partida de ida, a vantagem mínima obtida pelo Flamengo na Copa Libertadores da América configurou um cenário de incerteza para o confronto decisivo. No programa 'Fim de Papo', personalidades como Juca Kfouri e Lucas Musetti convergiram em uma análise crítica, apontando a persistente deficiência rubro-negra na conversão de oportunidades como um fator preocupante.

O time carioca conseguiu inaugurar o placar antes dos trinta minutos da etapa inicial, mas falhou em ampliar a diferença, deixando a eliminatória em aberto. O embate de volta está agendado para a próxima quarta-feira, dia 20, às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Beira-Rio. Embora os flamenguistas desfrutem da prerrogativa do empate, os colorados necessitam de um triunfo por ao menos um gol de diferença para levar a decisão às penalidades máximas.

Juca Kfouri, em sua análise incisiva, trouxe à tona um paralelo elucidativo sobre a questão da eficácia. Ele rememorou a eliminação na Copa do Brasil, onde mesmo o ataque mais prolífico do Campeonato Brasileiro não demonstrou a capacidade de "liquidar" o jogo contra o Atlético-MG. É uma questão central para a compreensão do torcedor, segundo Kfouri. Ele enfatiza que a expectativa não ultrapassa o limite do que o Flamengo pode oferecer.

É eficácia. Na hora do 'vamos ver' não tem sido eficaz o suficiente para ficar tranquilo. Algum rubro-negro está tranquilo em relação ao que vai acontecer no Beira-Rio?

A Questão da Finalização: Um Debate Recorrente

Complementando a discussão, Lucas Musetti trouxe uma perspectiva tática, centrada nas escolhas de elenco e suas implicações para o poder de fogo ofensivo. Ele destacou uma decisão crucial do técnico Filipe Luís, que opta por não escalar Pedro como titular, preferindo um ataque com maior mobilidade e capacidade de marcação sob pressão. Contudo, essa escolha, na visão de Musetti, acarreta um custo significativo na capacidade de definição.

Musetti ponderou que, embora o ataque atual se movimente e pressione constantemente, ele não possui "50% do poder de definição do Pedro". O centroavante, mesmo sem participar intensamente da pressão, demonstra uma letalidade inigualável quando a bola chega à área adversária. Embora jogadores como Bruno Henrique e Plata apresentem estatísticas de gols respeitáveis, eles não se configuram como centroavantes de ofício, o que, para Musetti, explica parte da carência na finalização.

Decisões Táticas e o Impacto no Poder Ofensivo

A discussão entre os especialistas ressalta um ponto crítico para o Flamengo: a necessidade imperativa de converter as chances criadas em gols. A partida de volta contra o Internacional , no Beira-Rio, não será apenas um teste de resiliência e estratégia, mas também um veredito sobre a capacidade do time em superar essa lacuna de eficácia que, segundo os colunistas, tem sido um entrave para a tranquilidade rubro-negra em momentos decisivos.