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Bi da Libertadores 2010: Onde Estão os Campeões 15 Anos Depois?
Por Redação FutInter em 18/08/2025 13:02
Em um momento crucial para suas aspirações na Conmebol Libertadores de 2025, o Internacional celebra uma data emblemática: o décimo quinto aniversário de sua segunda consagração no torneio mais cobiçado do continente. Foi em 18 de agosto de 2010 que o Beira-Rio testemunhou mais uma epopeia colorada, com a vitória por 3 a 2 sobre o Chivas, do México, que selou o bicampeonato, gravando para sempre o nome do clube na história sul-americana.
Aquele elenco vitorioso, forjado na raça e na técnica, deixou uma marca indelével. Quinze anos se passaram, e o tempo, implacável, redefiniu as trajetórias de seus protagonistas. Apenas um punhado de atletas daquele grupo ainda se mantém em atividade profissional nos gramados, enquanto a vasta maioria trilhou novos caminhos, seja no futebol em outras funções, seja em esferas completamente distintas. É um panorama que reflete as múltiplas facetas da vida pós-carreira de um esportista de alto rendimento.
A Glória de 2010: Relembrando a Conquista Histórica
A final contra o Chivas foi um espetáculo de superação e talento. A vitória de 3 a 2 no Gigante da Beira-Rio coroou uma campanha memorável, consolidando o Internacional como uma potência continental. Aquele título não foi apenas uma taça; foi a reafirmação de um projeto vitorioso, a consolidação de uma geração de jogadores e a consagração de uma torcida apaixonada que, mais uma vez, viu seu time no topo da América.
Olhar para trás, para aquele 18 de agosto, é revisitar um capítulo dourado. O feito de 2010, que se seguiu à primeira conquista em 2006, estabeleceu o Colorado em um patamar de elite no cenário sul-americano. Contudo, a passagem dos anos inevitavelmente leva a uma reflexão sobre o destino dos homens que construíram essa história. Quais foram os rumos tomados por esses campeões, e como suas vidas se desenharam após a glória máxima?
Do Campo ao Banco: Campeões que Viraram Treinadores e Dirigentes
Diversos nomes daquele elenco bicampeão optaram por permanecer ligados ao futebol, mas fora das quatro linhas. A transição para a área técnica ou de gestão é um caminho natural para muitos ex-atletas. Bolívar, o "General" e capitão da equipe, encerrou sua carreira em 2015 e, pouco depois, aventurou-se como técnico, embora sua última atuação como auxiliar tenha sido em 2022, na Chapecoense.
Nei, o lateral-direito titular, parou de jogar em 2018 e rapidamente iniciou sua jornada como treinador, atualmente à frente do time sub-20 do Boston City, em Minas Gerais. Guiñazú, o incansável volante argentino, pendurou as chuteiras em 2019 e tem alternado entre funções de dirigente e técnico, inclusive comandando o Talleres no primeiro semestre deste ano, clube onde se aposentou. D?Alessandro, um dos maiores ídolos da história colorada, após sua aposentadoria no Beira-Rio em 2022, assumiu a diretoria esportiva do próprio Internacional no ano seguinte, demonstrando seu profundo vínculo com a instituição.
Mesmo o comandante daquela campanha vitoriosa, Celso Roth, teve sua trajetória pós-título. Deixou o Inter no ano seguinte, retornou brevemente em 2016, e após um hiato de seis anos, teve sua experiência mais recente no Juventude, entre o final de 2022 e o início de 2023. Renan, o goleiro, aposentado em 2022, chegou a ser treinador do sub-20 colorado, mas foi desligado após o rebaixamento da categoria no Brasileirão.
O Fio da Chuteira: Atletas Ainda em Atividade ou em Nova Fase
É notável a reduzida quantidade de jogadores daquele elenco que ainda se mantêm em atividade profissional. Taison, um dos atacantes daquele time, é um dos poucos remanescentes nos gramados. Após uma passagem pelo Inter entre 2021 e 2022, o atleta manifestou o desejo de um novo retorno, mas optou por renovar com o PAOK, da Grécia, onde atua há mais de três anos. Giuliano, outro nome que entrou na final, continua em alto nível, e após atuar em diversos clubes internacionais e brasileiros, chegou ao Athletico-PR na atual temporada.
Juan Jesus, zagueiro promissor à época, construiu uma sólida carreira na Itália, onde permanece desde 2011, defendendo clubes como Inter de Milão e Roma, e atualmente em sua quinta temporada consecutiva no Napoli. Outros, como Sandro, volante vendido ao Tottenham após o título, tiveram um breve retorno ao futebol depois de anunciar a aposentadoria, com o atleta atuando pelo Harborough Town, da sétima divisão inglesa, em 2024. Leandro Damião, centroavante que viveu grande fase no Inter, encerrou sua última experiência profissional no Coritiba em 2024, e agora se dedica ao futebol amador em São Paulo.
Além do Campo: Novas Vidas e Carreiras dos Ídolos Colorados
Para muitos campeões, a aposentadoria abriu portas para novas empreitadas, algumas delas bem distantes do universo do futebol profissional. Kléber, o lateral-esquerdo, que encerrou sua carreira em 2014, dedica-se hoje à representação e intermediação de atletas, utilizando sua experiência para auxiliar novos talentos. Tinga, que deixou o Inter em 2012 e se aposentou em 2015, chegou a atuar como dirigente no Cruzeiro, mas atualmente se dedica a projetos sociais e palestras, compartilhando sua vivência.
Rafael Sobis, outro atacante de destaque, encerrou sua carreira em 2021 e hoje se aventura no universo digital, com um canal no YouTube, além de participações como comentarista em programas esportivos. Índio, zagueiro experiente, permaneceu no Inter até se aposentar em 2014, trabalhando com relacionamento social do clube, antes de ser demitido em 2020. Wilson Matias, volante que atuou até 2018, estabeleceu-se em Porto Alegre, atuou como comentarista e acompanha a jornada do filho no futebol. Andrezinho, o meia, após aposentadoria em 2019, tornou-se coordenador técnico no Nova Iguaçu, onde continua até hoje.
Alecsandro, que foi titular na campanha, mas ficou de fora da final por lesão, aposentou-se em 2022 e hoje atua como comentarista em um grande grupo de comunicação, além de praticar futevôlei pelo Vasco. Abbondanzieri, o goleiro argentino e um dos mais experientes do elenco , aposentou-se no mesmo ano da conquista e, após uma breve passagem pelo automobilismo, hoje é produtor rural na Argentina. Fabiano Eller, zagueiro que deixou o Inter após o título, aposentou-se em 2016 e atualmente dedica-se a projetos de formação de jovens atletas, buscando inspirar a próxima geração.
Onde Estão os Campeões da Libertadores 2010: Um Panorama
Jogador | Posição | Idade Atual | Status Atual |
---|---|---|---|
Renan | Goleiro | 40 | Aposentado (ex-treinador sub-20 Inter) |
Nei | Lateral-direito | 39 | Aposentado (treinador sub-20 Boston City) |
Bolívar | Zagueiro | 45 | Aposentado (ex-treinador/auxiliar) |
Índio | Zagueiro | 50 | Aposentado (ex-relacionamento social Inter) |
Kléber | Lateral-esquerdo | 45 | Aposentado (representante e intermediário de atletas) |
Guiñazú | Volante | 46 | Aposentado (dirigente e treinador, comandou Talleres este ano) |
Sandro | Volante | 36 | Aposentado (breve retorno ao futebol inglês em 2024) |
Tinga | Volante | 47 | Aposentado (projetos sociais e palestras) |
D?Alessandro | Meia | 44 | Aposentado (diretor esportivo do Internacional) |
Taison | Atacante | 37 | Ativo (PAOK, Grécia) |
Rafael Sobis | Atacante | 40 | Aposentado (canal no YouTube e comentarista Sportv) |
Wilson Matias | Volante | 41 | Aposentado (comentarista e futebol amador) |
Giuliano | Meia | 35 | Ativo (Athletico-PR) |
Leandro Damião | Atacante | 36 | Aposentado (jogando na várzea em SP) |
Abbondanzieri | Goleiro | 52 | Aposentado (produtor rural na Argentina) |
Fabiano Eller | Zagueiro | 47 | Aposentado (projetos de formação de jovens atletas) |
Juan Jesus | Zagueiro | 34 | Ativo (Napoli, Itália) |
Andrezinho | Meia | 42 | Aposentado (coordenador técnico do Nova Iguaçu) |
Alecsandro | Atacante | 44 | Aposentado (comentarista Grupo Globo e futevôlei Vasco) |
Celso Roth | Treinador | 67 | Ativo (último trabalho no Juventude, 2022-2023) |
As histórias individuais desses campeões de 2010 são tão diversas quanto suas posições em campo. Elas refletem não apenas o fim de um ciclo profissional, mas o início de novas jornadas, algumas previsíveis, outras surpreendentes. Quinze anos depois, o legado daquele bicampeonato permanece vivo na memória colorada, e o destino de seus heróis continua a inspirar e a evocar a glória de uma era dourada para o Internacional .
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