- FutInter
- Atuações do Inter: O Desastre Defensivo na Derrota para o Fluminense
Atuações do Inter: O Desastre Defensivo na Derrota para o Fluminense
Por Redação FutInter em 31/07/2025 00:02
A recente partida do Internacional contra o Fluminense, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2025, culminou em um revés de 2 a 1 que acende um alerta vermelho para o Colorado. O confronto, que deveria ser um passo rumo à próxima fase, transformou-se em uma demonstração preocupante das deficiências que assolam o elenco, especialmente no setor defensivo.
O placar adverso não reflete apenas um dia ruim, mas a cristalização de falhas recorrentes que comprometeram a estrutura da equipe. A performance dos atletas em campo, avaliada de perto, revela um quadro de desajuste e falta de sincronia que se mostrou fatal diante de um adversário competente.
A Defesa Colorada Sob Escrutínio: Erros Individuais e Coletivos
O setor defensivo foi o calcanhar de Aquiles do Internacional. Os dois gols de Everaldo para o Fluminense nasceram de equívocos primários e uma notável falta de solidez. Vitão, por exemplo, teve participação direta no primeiro gol, ao ajeitar a bola de forma desastrosa, pavimentando o caminho para o adversário balançar as redes. Sua tentativa de atuar como construtor no segundo tempo, com lançamentos longos, não obteve êxito.
Victor Gabriel, outro zagueiro, viu-se superado por Serna na jogada que resultou no segundo gol, ficando no chão enquanto o atacante tricolor avançava. Contudo, talvez o ponto mais vulnerável tenha sido a lateral esquerda, com Bernabéi. Constantemente exposto, o jogador não conseguiu conter os avanços de Serna, que por duas vezes superou-o, resultando em um chute na trave que gerou o primeiro gol e, posteriormente, a assistência para o segundo.
Mesmo o meio-campo contribuiu para essa fragilidade. Thiago Maia, em um lance crucial, executou um passe para trás sem direção, que se transformou na origem do primeiro gol adversário. Tais lapsos individuais, somados à falta de cobertura, expuseram uma vulnerabilidade coletiva que o Fluminense soube explorar com maestria.
A Inoperância Ofensiva e a Busca por Soluções Ineficazes
Se a defesa decepcionou, o ataque e o meio-campo não conseguiram oferecer o contraponto necessário para reverter o cenário. Bruno Henrique, embora tenha acertado a trave em um momento inicial da partida, não conseguiu impactar a construção de jogadas e foi substituído no intervalo. Ronaldo, por sua vez, dedicou-se mais a cometer faltas táticas do que a contribuir com a fluidez do jogo.
Alan Patrick e Vitinho, encarregados de dar criatividade e poder de fogo, encontraram pouco espaço e não conseguiram furar o bloqueio defensivo carioca. Wesley, apesar de ter participado da jogada que gerou o gol colorado ao forçar a defesa de Fábio, desperdiçou uma chance clara de gol e continua com um registro de apenas um gol na temporada, um dado preocupante para um atacante.
As substituições pouco alteraram o panorama. Borré e Enner Valencia, nomes de peso no ataque, tiveram atuações discretas. Borré se destacou mais pelas reclamações à arbitragem do que por tentativas de finalização, enquanto Valencia teve pouquíssimos toques na bola, sem conseguir mudar a dinâmica da partida. Gustavo Prado e Bruno Tabata, que entraram posteriormente, também não conseguiram imprimir a intensidade ou a criatividade necessárias para buscar o empate.
O Ponto de Luz e a Liderança Técnica Questionada
Em meio a um desempenho amplamente aquém do esperado, a atuação de Rochet na meta colorada foi uma das poucas notas positivas. O goleiro não teve culpa nos gols sofridos e, apesar de um cartão amarelo por um desentendimento com Martinelli, demonstrou a segurança habitual. Carbonero, que entrou no decorrer da partida, foi o responsável pelo gol do Internacional , aproveitando um rebote de Fábio e marcando seu terceiro gol em três jogos, mostrando um faro artilheiro que destoa do restante do setor ofensivo.
No entanto, a responsabilidade maior recai sobre a comissão técnica. Roger Machado, o comandante da equipe, não conseguiu encontrar alternativas ou soluções táticas para superar a bem postada defesa do Fluminense. A falta de criação no meio-campo e a exposição de Bernabéi na lateral esquerda, sem o suporte adequado, são indícios de que as escolhas estratégicas não foram eficazes para o desafio proposto. A derrota levanta questionamentos profundos sobre a capacidade do time de reagir e se ajustar a cenários adversos.
A seguir, apresentamos a avaliação detalhada do desempenho individual dos atletas e do técnico, com base nas notas atribuídas e nos comentários sobre suas atuações na partida:
Posição | Jogador | Nota GE | Nota Público | Comentário |
---|---|---|---|---|
GOL | Rochet | 6.0 | 6.0 | Sem culpa nos gols de Everaldo. Levou um amarelo por ir para cima de Martinelli, que estava caído, no início do segundo tempo. |
LAT | Aguirre | 5.5 | 5.5 | Apareceu no apoio para tentar ajudar o ataque. |
ZAG | Vitão | 4.0 | 4.0 | Ajeitou a bola para o primeiro gol de Everaldo. No segundo tempo, tentou ser o criador, com lançamentos. Sem sucesso. |
ZAG | Victor Gabriel | 3.5 | 3.5 | Ficou no chão ao ser driblado por Serna na jogada para o segundo gol de Everaldo. |
LAT | Bernabéi | 3.0 | 3.0 | O Fluminense atacou a todo instante pelo seu lado. Perdeu para Serna na corrida, quando o colombiano acertou a trave e Everaldo marcou o primeiro. No segundo, não conseguiu parar o camisa 90. |
MEI | Bruno Henrique | 5.0 | 5.0 | Acertou uma bola na trave no início da partida, mas não conseguiu ajudar na construção das jogadas. Saiu no intervalo. |
MEI | Ronaldo | 5.0 | 5.0 | Fez faltas para segurar o Fluminense. |
MEI | Thiago Maia | 4.0 | 4.0 | Deu um balão para trás no lance que originou o primeiro gol de Everaldo. |
ATA | Vitinho | 6.0 | 6.0 | Tentou superar o bloqueio do Fluminense e não conseguiu. |
MEI | Alan Patrick | 5.0 | 5.0 | Encontrou pouco espaço para criar, o que dificultou as ações do Inter. |
ATA | Wesley | 4.5 | 4.5 | Perdeu um gol cara a cara com Fábio, que estava impedido, mas deu o cruzamento que obrigou Fábio a espalmar para o gol de Carbonero. Segue com apenas um gol na temporada. |
MEI | Gustavo Prado | 5.0 | 5.0 | Substituiu Wesley, mas pouco foi acionado. |
ATA | Borré | 4.0 | 4.0 | Apareceu mais na cobrança ao quadro de arbitragem do que em finalizações contra Fábio. |
ATA | Enner Valencia | 3.0 | 3.0 | Não mudou o panorama do time. Pouco tocou na bola. |
ATA | Carbonero | 7.0 | 7.0 | Fez mais um, o terceiro em três partidas, ao não desperdiçar o rebote de Fábio. |
MEI | Bruno Tabata | 5.5 | 5.5 | Entrou no fim e tentou colocar ânimo no time para buscar o empate. |
TEC | Roger Machado | 4.5 | 4.5 | Não encontrou soluções para superar a defesa do Fluminense, com um meio-campo sem criação. Deixou Bernabéi sem ajuda para sofrer com os avanços de Serna. |
Este resultado na Copa do Brasil serve como um doloroso lembrete das lacunas que o Internacional precisa urgentemente preencher. A fragilidade defensiva, aliada à falta de repertório ofensivo, aponta para a necessidade de um profundo reajuste, tanto tático quanto de desempenho individual. O caminho para a recuperação exige uma análise crítica e ações imediatas para garantir que o time possa competir em alto nível nos próximos desafios.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros